O aeroporto de Heathrow, em Londres, o principal centro de transporte aéreo britânico, anunciou nesta terça-feira (12) que reduzirá o fluxo de passageiros no terminal para 100 mil por dia. A informação sobre uma na redução nos serviços ao longo do verão do hemisfério Norte foi dada um dia depois de ao menos 61 voos terem sido cancelados.
Como outros aeroportos no Reino Unido e na Europa, Heathrow vive uma situação de caos há vários meses, com atrasos constantes em pousos e decolagens, longas filas de passageiros, problemas na entrega de bagagens e cancelamentos de voos.
O hub londrino é um dos que enfrentam problemas para atender a uma demanda crescente devido à falta de pessoal. Na semana passada, mais de cem voos com Lisboa como origem ou destino foram cancelados, num quadro que envolvia greves de trabalhadores e incidentes na pista.
"Em média, apenas 1.500 desses 4.000 assentos anulados por dia já foram vendidos, então pedimos às nossas empresas parceiras que parem de vender passagens para o verão, de forma a limitar o impacto aos turistas", disse o CEO de Heathrow, John Holland- Kaye, em comunicado.
De acordo com o executivo, algumas funções críticas do aeroporto ainda sofrem com a falta de pessoal importante, "em particular os trabalhadores em terra contratados pelas companhias aéreas" para gerenciar o check-in e manuseio de bagagem.
No final de junho, terminal já havia pedido a algumas empresas aéreas que reduzissem o número de voos. As companhias e aeroportos britânicos, que demitiram milhares de pessoas durante a pandemia de Covid-19, estão com dificuldades para recrutar funcionários.
Naquela ocasião, milhares de turistas do país ficaram retidos em países do exterior depois de problemas operacionais em série afetarem o setor, em meio ao feriado do Jubileu de Platina da rainha Elizabeth 2ª. Quase 500 voos que tinham o Reino Unido como origem ou destino durante as festividades de quatro dias foram suspensos.
A indústria da aviação luta para enfrentar um crescimento na demanda por viagens, e as dificuldades se espalham por países como Holanda, Irlanda e Suécia. Nos Estados Unidos, o problema persiste há mais de um ano, com picos tendo sido registrados no começo deste ano, quando a uma onda de mau tempo se somou a alta dos casos de Covid ligados à variante ômicron, impactando as tripulações.
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