Garantias de segurança da Ucrânia não serão iguais às de membros da Otan, diz premiê da Alemanha

Scholz, em entrevista a TV pública, rebate críticas de falta de liderança na crise no Leste Europeu

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Berlim | Reuters

A Alemanha está discutindo garantias de segurança para a Ucrânia, mas elas não serão as mesmas de um membro da Otan, afirmou o premiê alemão, Olaf Scholz, à emissora pública de TV ARD neste domingo (3).

"Estamos discutindo com aliados próximos a questão das garantias de segurança que podemos oferecer. É um processo em desenvolvimento. [Mas] está claro que não serão as mesmas de um membro da Otan."

O premiê alemão, Olaf Scholz, durante entrevista à emissora pública de TV ARD, em Berlim
O premiê alemão, Olaf Scholz, durante entrevista à emissora pública de TV ARD, em Berlim - John Macdougall/AFP

Scholz, que assumiu o cargo em dezembro, sucedendo o longo período de Angela Merkel no poder, é alvo de críticas por uma suposta falta de liderança na crise da Ucrânia e de empatia pela população alemã frente à inflação crescente que o conflito no Leste Europeu ajudou a alimentar.

Mas o social-democrata, cujo estilo mecânico de se comunicar deu a ele o apelido "Scholzomat", disse não querer ser "um daqueles políticos que fazem uma promessa por semana e não cumprem 90% delas".

"Especialmente em períodos de dificuldade, não é o momento das pessoas que constantemente dizem algo, é o momento das pessoas que garantem que as decisões básicas sejam feitas."

Scholz disse estar "muito preocupado" com o impacto da alta da inflação na energia, mas defendeu que o governo avalie o impacto de seu último pacote bilionário de alívio antes de considerar um novo.

"O próximo ano será o maior desafio. Para este, quase todos que fizeram os cálculos dizem que vamos compensar cerca de 90% dos aumentos para as famílias de baixa e média renda com as medidas atuais."

O premiê também rebateu as críticas de que é cauteloso demais, apontando para o aumento recorde do salário mínimo e a mudança radical na política de defesa: após décadas, o país enviou armas para uma zona de conflito e criou um fundo de 100 bilhões de euros (R$ 556 bilhões) para despesas militares.

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