Um ataque a tiros contra um ônibus e um estacionamento em Jerusalém deixou ao menos oito pessoas feridas, duas delas em estado grave, na noite deste sábado (13), informaram os serviços de emergência de Israel.
O atentado ocorreu perto do túmulo do rei Davi, ao sul da Cidade Velha. Na manhã deste domingo (horário local), a polícia israelense disse que o atirador se entregou às autoridades, mas não o identificou. "Trata-se de um agressor solitário, um morador da cidade com antecedentes criminais", afirmou o primeiro-ministro, Yair Lapid, durante sua reunião de gabinete. A mídia local atribui o ato a um homem palestino de 26 anos, morador de Jerusalém Oriental.
Segundo relatos de socorristas ao jornal Jerusalem Post, o ônibus levava peregrinos que haviam deixado o Muro das Lamentações, local sagrado para judeus, quando o atirador abriu fogo indiscriminadamente. A motivação do ataque não está clara.
De acordo com o site YNews, o ônibus foi alvejado enquanto estava parado para que uma cadeirante embarcasse; dois homens ficaram feridos no local. Em seguida, o atirador abriu fogo em um estacionamento a poucos metros dali, ferindo uma mulher grávida de 30 anos na barriga, além de quatro turistas americanos membros da mesma família e uma sexta pessoa.
Um porta-voz do hospital Shaarei Tsedek de Jerusalém disse que a mulher grávida precisou fazer uma cesariana. "A mãe ainda está entubada e em estado grave. O bebê nasceu bem e está estável", afirmou.
O porta-voz do grupo radical palestino Hamas, Fawzi Barhoum, descreveu o ataque como um ato corajoso de resistência. "É uma resposta natural à ocupação, ao colonos e a seus crimes diários contra [os palestinos]", afirmou. No entanto, nenhuma facção palestina reivindicou a responsabilidade pelo ataque até o momento.
Neste domingo, o premiê de Israel, Yair Lapid, disse que todos que quiserem prejudicar Israel devem saber que pagarão o preço por atacar civis. Israel considera toda Jerusalém sua capital —um status não reconhecido internacionalmente. "Jerusalém é nossa capital e um centro turístico para todas as religiões", disse Lapid, acrescentando que as forças de segurança israelenses "restauram a calma".
Na última semana, Israel realizou bombardeios contra a Faixa de Gaza, deixando dezenas de palestinos mortos, e o grupo radical Jihad Islâmica disparou centenas de foguetes contra o te Também foram registradas incursões militares na Cisjordânia.
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