Descrição de chapéu Eleições 2022

Saiba quais líderes estrangeiros apoiam Lula ou Bolsonaro na eleição brasileira

Petista é endossado por dirigentes latino-americanos e premiês de Espanha e Portugal; presidente, por Orbán e Trump

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São Paulo

A menos de quatro dias para o segundo turno das eleições no Brasil, os dois candidatos à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), vêm recebendo declarações de apoio de líderes políticos internacionais e chefes de Estado.

O atual presidente, por exemplo, conta com a aprovação de expoentes da ultradireita populista, alguns deles já declarados no primeiro turno. O ex-ocupante do cargo, por sua vez, pavimenta relações com líderes de centro e esquerda e tem um espectro de alianças potenciais maior que o do adversário.

O mundo assiste com atenção ao desenrolar do pleito. Antes do primeiro turno, entidades e instituições políticas de diferentes partes manifestaram temor com a possibilidade de alguma ruptura democrática no país depois da decretação do resultado.

Em setembro, 51 membros do Parlamento Europeu entregaram uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e ao chefe da política externa do bloco, Josep Borrell, pedindo que a União Europeia monitorasse o pleito e apoiasse as instituições do país. Senadores americanos também fizeram uma moção pedindo a revisão de relações entre Brasil e EUA em caso de uma tentativa de golpe.

Veja líderes políticos que já se posicionaram e declararam apoio aos candidatos.

Quem está com Lula

Pedro Sánchez, premiê da Espanha e líder do Partido Socialista Operário Espanhol, anunciou nesta quarta-feira (26) seu apoio ao petista. " No próximo 30 de outubro, o Brasil elege seu futuro e quero enviar todo o meu apoio ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva nesse pleito decisivo para uma terra tão ligada à Espanha", disse, em vídeo publicado nas redes sociais.

O anúncio se seguiu ao do primeiro-ministro português, António Costa, que também postou um vídeo na internet com sua preferência pessoal. "O mundo precisa de um Brasil forte, um Brasil que participe das grandes causas da humanidade, como combater a desigualdade, a luta pela saúde, para enfrentarmos as alterações climáticas. O Brasil e o mundo precisam de Lula da Silva."

Ainda no primeiro turno, François Hollande, ex-presidente da França, e o ex-primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero, junto de uma série de ex-dirigentes europeus, divulgaram manifesto em apoio ao petista. "Quando a democracia está em perigo, é preciso juntar os divergentes para vencer os antagônicos. É por isso que nós, ex-chefes de Estado e de governo de diversas tendências políticas, apoiamos a candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República", dizia o documento.

Outros apoios vieram na forma de parabéns pela liderança do ex-presidente na primeira rodada da eleição. Alberto Fernández, presidente da Argentina, felicitou Lula em seu Twitter, chamando-o de querido e publicando uma foto de um encontro dos dois.



O colombiano Gustavo Petro disse à Folha antes de tomar posse que torcia para a vitória de Lula. No pleito na Colômbia, o petista já indicara, em junho, preferir Petro, que derrotou o populista Rodolfo Hernández com estreita margem.

Gabriel Boric, presidente do Chile, disse em março desejar "muito sucesso a Lula". Também já externou seu desejo de que o ex-presidente tenha um "ótimo resultado nas eleições deste ano" e destacou pensar "totalmente diferente" de Bolsonaro.

Luis Arce, presidente da Bolívia, foi outro que deu os parabéns a Lula após o primeiro turno e postou, em seu Twitter, uma imagem abraçado com o ex-presidente.


Quem está com Bolsonaro

Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria e um dos principais líderes da ultradireita populista global, declarou apoio ao candidato na primeira rodada das eleições. "Tenho servido meu país na Europa por mais de 30 anos, já encontrei muitos líderes, mas poucos tão excepcionais quanto Bolsonaro", afirmou Orbán.

Donald Trump, ex-presidente dos EUA, havia manifestado seu apoio no começo de setembro. "O presidente Jair Bolsonaro ama o Brasil acima de todas as coisas. Ele é um homem maravilhoso e tem meu apoio total e completo", escreveu na ocasião.

Donald Trump Jr., filho do republicano, é outro apoiador já conhecido. Ele afirmou que Bolsonaro "é um grande amigo dos EUA e a única pessoa que pode parar a disseminação do socialismo e comunismo na América do Sul".

Javier Milei, deputado da Argentina e principal expoente da direita libertária do país vizinho, manifestou o endosso na véspera do primeiro turno. "O Brasil põe em jogo sua liberdade. É por isso que apoio fortemente Jair Bolsonaro contra a esquerda radical."

Na Europa, André Ventura, deputado de Portugal e líder do partido de ultradireita Chega, também marcou posição pouco antes do pleito. "Aqui em Portugal nós não temos dúvida. Jair Bolsonaro é o presidente que os brasileiros precisam, é a escolha certa neste momento", disse.

Santiago Abascal, deputado e líder do ultradireitista espanhol Vox, falou em rebater uma suposta ameaça comunista. "[Bolsonaro] é a alternativa dos patriotas, dos que querem nações prósperas, livres e soberanas frente ao comunismo e ao globalismo."

Binyamin Netanyahu, ex-premiê de Israel, também publicou vídeo em apoio a Bolsonaro, que compartilhou o conteúdo em suas redes.

José Antonio Kast, que perdeu a disputa pela presidência do seu país para Boric, foi outro direitista da América do Sul a se aliar com Bolsonaro ainda no primeiro turno. "[O Brasil tem tido] anos de maior progresso e segurança. Do Chile, desejamos todo o êxito para o presidente Jair Bolsonaro para que derrote mais uma vez a esquerda radical."

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