Descrição de chapéu Twitter

Elon Musk diz que Trump voltará ao Twitter após resultado de votação de usuários

É incerto, porém, se ex-presidente americano aceitará reativar sua conta na plataforma do bilionário

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Reuters

O bilionário e agora dono do Twitter, Elon Musk, disse neste sábado (19) que sua rede social vai permitir que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump volte a ter um perfil na plataforma. A conta do republicano foi banida em janeiro do ano passado, dois dias após a invasão do Capitólio.

A decisão de Musk segue o resultado de uma enquete divulgada pelo bilionário em sua conta. Mais de 15 milhões de usuários participaram da votação, sendo que 51,8% votaram a favor do ex-presidente –é impossível assegurar que perfis falsos não tenham participado do processo, já que o Twitter hospeda milhões desses usuários.

Ilustração com a conta de Donald Trump no Twitter e uma bandeira dos EUA atrás
Ilustração com a conta de Donald Trump no Twitter e uma bandeira dos EUA atrás - Olivier Douliery/AFP

"As pessoas falaram. Trump será reintegrado", tuitou Musk após o fim da votação.

É incerto, porém, se o republicano aceitará voltar à rede social. Ainda neste sábado, ele disse não ter mais interesse pelo Twitter, ainda que, naquele momento, a votação já estivesse inclinada a seu favor. "Não vejo nenhuma razão para isso", disse Trump em um vídeo quando questionado se planejava retornar ao Twitter.

O republicano ainda afirmou que continuaria dando preferência à plataforma Truth Social, desenvolvida por sua startup após ele ser banido do Twitter. Segundo Trump, a nova rede social está indo "fenomenalmente bem" e garante um engajamento melhor do que a plataforma de Musk. Ele também apontou para a existência de contas falsas no Twitter.

A Truth Social foi lançado em fevereiro para celulares da Apple e em agosto para aparelhos Android. Na rede social, Trump tem cerca de 4,57 milhões de seguidores, contra 1,2 milhões no Twitter. A plataforma tem sido a principal fonte de comunicação direta do republicano com seus seguidores e, por lá, ele promove aliados, critica oponentes e se defende das várias investigação das quais é alvo.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o contrato de Trump com a Truth Social o obriga a dar à rede social seis horas de exclusividade em qualquer postagem. O republicano, porém, pode publicar "mensagens políticas, arrecadação de fundos políticos ou esforços de votação" em qualquer site, a qualquer momento.

Ainda no vídeo deste sábado, Trump elogiou Musk e disse que sempre gostou dele. A afeição tem justificativa: o bilionário costuma fazer comentários pró-Partido Republicano e, ainda em maio, deixou claro que planejava reverter o banimento da conta do ex-presidente.

À época, investidores criticaram os planos do bilionário, que aos poucos foi reformulando sua proposta. Segundo ele, tal decisão seria tomada com consideração por um conselho de moderação de conteúdo composto por pessoas com "pontos de vista amplamente diversos", e nenhuma conta seria restabelecida antes da convocação do conselho.

Ele também disse que o Twitter não restabeleceria nenhum usuário banido até que houvesse um "processo claro para fazê-lo".

Em direção contrária, porém, nesta semana o Twitter restabeleceu a conta da comediante Kathy Griffin, que havia sido banida por mudar o nome de seu perfil para "Elon Musk" –uma nova regra da rede social inibe que pessoas falsifiquem sua identidade sem indicar que se trata de uma paródia.

Paralelamente, Musk reduziu pela metade a força de trabalho da empresa e cortou severamente a equipe de segurança da rede social, responsável por impedir a disseminação de desinformação e conteúdo nocivo.

Após os anúncios, grandes empresas interromperam suas publicidades na plataforma. No sábado, a Bloomberg informou que o Twitter poderia demitir mais funcionários em suas divisões de vendas e parceria, citando fontes não identificadas.

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