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Justiça do Peru decreta 18 meses de prisão preventiva para Pedro Castillo

Político é acusado de rebelião e conspiração após tentativa fracassada de golpe de Estado

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Lima | Reuters

A Suprema Corte do Peru decidiu nesta quinta-feira (15) que a prisão preventiva do ex-presidente Pedro Castillo deve durar ao menos 18 meses. O político é acusado de rebelião e conspiração após uma tentativa fracassada de golpe de Estado.

Na decisão, o juiz Juan Checkley declarou procedente o pedido do Ministério Público, citando risco de fuga do ex-líder do país. Após ser destituído, Castillo teria tentado fugir para a embaixada do México. Ele ainda fez um pedido formal de asilo e conversou, já preso, com o embaixador mexicano em Lima.

O ex-presidente do Peru Pedro Castillo em audiência por videoconferência após ser preso - Reprodução Justicia TV - 8.dez.22/AFP

Na terça (13), a Justiça negou um recurso para derrubar a prisão preventiva a qual Castillo está sujeito. Segundo a defesa, para os delitos dos quais ele é acusado seria necessário atuar em grupo, e o político estaria com poucas pessoas ao ser detido. Seus advogados também afirmam que não há perigo de fuga.

O líder esquerdista foi preso preventivamente no último dia 8 para, segundo o Ministério Público, impedir que interferisse na investigação ou tentasse deixar o país.

O governo do Peru decretou estado de emergência de 30 dias nesta quarta (14), em resposta aos protestos que vêm se espalhando pelo país desde a tentativa de golpe de Castillo. O decreto faz com que as Forças Armadas se juntem à polícia para garantir a manutenção da segurança pública, além de suspender certos direitos, como a liberdade de ir e vir e de reunião e a inviolabilidade do domicílio.

Manifestantes que reivindicam a libertação do ex-presidente e a dissolução do Parlamento bloquearam estradas, atearam fogo a edifícios e invadiram aeroportos. Ao menos sete pessoas, incluindo dois menores de idade, morreram em confrontos com a polícia.

Dina, que era vice de Castillo e assumiu a Presidência, é vista como traidora pelos apoiadores do populista. Ela busca apaziguar a população negociando a antecipação das eleições gerais de julho de 2026 para abril de 2024. Eleito no ano passado, Castillo foi detido depois de tentar dissolver o Congresso, em mais um capítulo da crise política permanente que a nação andina enfrenta há pelo menos seis anos.

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