O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá um encontro separado com a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na segunda (23), durante viagem ao país, segundo duas fontes ouvidas pela Reuters.
Afastada do presidente Alberto Fernández, Cristina não deve participar da reunião do líder brasileiro na Casa Rosada, sede do governo argentino. A vice comemorou a vitória eleitoral do petista em outubro nas redes e, logo depois, telefonou a Lula, quando teriam acertado um encontro para assim que possível.
Cristina liderou a Argentina de 2007 a 2015 e sempre teve boa relação com o presidente brasileiro. No período em que Lula ficou preso, ela foi um dos políticos da região a defender a liberdade do petista.
Agora, ela enfrenta processos judiciais em seu país. Em dezembro, foi condenada em primeira instância a seis anos de prisão por corrupção, acusada de beneficiar um empresário de Santa Cruz —província de origem dos Kirchner— quando estava na Presidência e durante o mandato de seu marido, Nestor Kirchner.
Em suas redes sociais, no dia da sentença, Lula se solidarizou com Cristina e falou em "caçada judicial".
"Expresso minha solidariedade à presidenta Cristina Kirchner e a seus colaboradores que tanto fizeram pelo povo argentino e pela integração sul-americana. É preocupante a verdadeira caçada judicial e midiática lançada contra essa companheira a quem tanto admiro e estimo", escreveu.
O presidente chega a Buenos Aires no início da noite deste domingo (22) para uma visita oficial ao país, onde participará da cúpula da Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos).
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