Descrição de chapéu ataque à democracia

Obama condena ataques em Brasília e defende transição pacífica como pedra angular da democracia

Democratas Biden e Clinton também se posicionaram, enquanto republicanos como Trump e Bush silenciaram

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São Paulo

O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama juntou-se à extensa lista de lideranças mundiais que defenderam as instituições democráticas do Brasil e condenaram a invasão e a depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, por uma multidão bolsonarista no domingo (8).

"O mundo inteiro tem interesse no sucesso da democracia brasileira", escreveu Obama no Twitter na noite desta segunda-feira (9). "Juntos, devemos rejeitar qualquer esforço para derrubar ou perturbar a vontade do povo brasileiro e [devemos] afirmar a transferência pacífica de poder como pedra angular da democracia."

O ex-presidente dos EUA Barack Obama durante evento político em Atlanta, na Geórgia
O ex-presidente dos EUA Barack Obama durante evento político em Atlanta, na Geórgia - Alyssa Pointer - 1º.dez.22/Reuters

O atual presidente dos EUA, Joe Biden, reagiu aos ataques ainda na noite de domingo. "Condeno o atentado à democracia e à transferência pacífica do poder no Brasil. As instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser abalada", escreveu o democrata no Twitter, acrescentando que continuaria a trabalhar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Biden falou por telefone com Lula nesta segunda e reforçou o convite ao brasileiro para uma visita a Washington. De acordo com nota conjunta divulgada pela Casa Branca, a viagem deve ocorrer em fevereiro. "[Biden] transmitiu o apoio inabalável dos EUA à democracia do Brasil e ao livre arbítrio do povo brasileiro, conforme expresso nas recentes eleições vencidas pelo presidente Lula", diz o comunicado.

Dos ex-presidentes americanos ainda vivos, dois republicanos e um democrata não se manifestaram até esta terça-feira (10). Donald Trump, que insuflou a invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021movimento considerado a inspiração dos extremistas que atacaram Brasília—, não se pronunciou publicamente sobre a insurreição brasileira. George W. Bush, que governou os EUA de 2001 a 2009, também não fez comentários públicos sobre o ataque. Jimmy Carter fecha a lista. Aos 98 anos, porém, o democrata não costuma manifestar suas posições e deixou de participar de eventos públicos.

Já o democrata Bill Clinton usou as redes para manifestar apoio e solidariedade ao Brasil. "Associo-me à condenação do ataque às instituições democráticas do Brasil. É crucial que a transição pacífica de poder seja mantida, e a vontade do povo, respeitada", escreveu o ex-presidente, que também conversou por telefone com Lula nesta segunda.

Chefes de Estado e de governo de dezenas de países manifestaram repúdio ao que chamaram de ataque e atentado contra a democracia e as instituições. A reação à insurreição de bolsonaristas também inclui mensagens de apoio e solidariedade ao presidente brasileiro.

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