Primo de fundadora do Black Lives Matter morre após receber choque em ação policial

Keenan Anderson foi atingido por disparos de arma taser e sofreu parada cardíaca

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São Paulo

Um homem negro de 31 anos, primo de uma das fundadoras do movimento antirracista Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), morreu horas depois de receber choques em uma ação policial na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos.

O caso aconteceu no último dia 3 e se tornou público nesta semana, quando foram divulgadas imagens registradas por câmeras corporais dos agentes envolvidos na ação.

Keenan Anderson é imobilizado por policiais em Los Angeles, nos EUA
Keenan Anderson é imobilizado por policiais em Los Angeles, nos EUA - Reprodução

Keenan Anderson aparece correndo dos policiais depois de se envolver em um acidente de carro no bairro de Venice, em Los Angeles. Agitado, ele não obedece à ordem para encostar em uma parede. Depois, os agentes conseguem imobilizá-lo e, já com o homem deitado no chão, disparam choques com arma do tipo taser.

Anderson grita por ajuda. Ele diz que os policiais estavam tentando matá-lo e fazer com ele a mesma coisa que fizeram com George Floyd, homem negro assassinado em 2020 por asfixia em Minneapolis, após um policial ajoelhar em seu pescoço.

"Os policiais lutaram com Anderson por vários minutos, usando um taser, o peso corporal e chaves de braço para superar a resistência", informou a polícia de Los Angeles em comunicado.

Anderson foi detido e, horas depois, sofreu uma parada cardíaca. Ele chegou a ser levado para um hospital, mas não resistiu. O caso tem provocado indignação. "Ele foi morto pela polícia", disse Patrisse Cullors, prima de Anderson e uma das fundadoras do movimento Black Lives Matter.

A perfeita de Los Angeles, Karen Bass, pediu a suspensão imediata dos policiais até o desfecho da investigação.

Nas redes sociais, usuários comparam o caso ao de Floyd, que gerou forte comoção nos EUA e deu impulso a uma onda global de combate ao racismo. O ex-segurança teve o pescoço prensado contra o chão por mais de oito minutos e disse "não consigo respirar" mais de 20 vezes antes de ser morto.

No ano passado, três ex-policiais que estavam presentes no momento do assassinato foram considerados culpados de crimes federais por privarem o ex-segurança de seus direitos constitucionais ao não fornecerem assistência médica a ele. Antes, o ex-policial Derek Chauvin, que sufocou Floyd com o joelho, recebeu pena de 22 anos e meio de prisão.

Com AFP

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