O governo do presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou nesta segunda-feira (9) os atos de violência e depredação promovidos por bolsonaristas em Brasília no domingo (8).
"Condenamos da maneira mais firme as ações dos instigadores de distúrbios e apoiamos plenamente o presidente Lula da Silva", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em sua fala diária a repórteres.
Assim, Putin segue a posição de seu rival geopolítico Joe Biden, o presidente americano que considerou a depredação da sede dos Três Poderes como "ultrajante". Outros líderes ocidentais fizeram o mesmo.
Pouco antes do segundo turno do pleito presidencial, a Folha questionou Putin em Moscou acerca de como ele via o processo eleitoral brasileiro. Ele foi diplomático, dizendo que manteria boas relações com o Brasil fosse o vencedor Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nos bastidores, integrantes do governo russo diziam preferir a vitória de Bolsonaro por considerá-lo mais manipulável e menos experiente do que Lula.
Na prática, contudo, ambos os rivais brasileiros mantinham a mesma posição em relação ao tema central para a Rússia, a Guerra da Ucrânia: tanto Lula quanto Bolsonaro se posicionaram contra a invasão, mas sustentam a neutralidade brasileira ao não apoiar as sanções ocidentais contra o Kremlin.
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