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México instala 'carteiras ergométricas' em escolas para combater obesidade infantil

Estudos apontam que quase 40% das crianças em idade escolar do país têm sobrepeso ou são obesas

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San Nicolas de los Garza (México) | Reuters

O México adotou uma estratégia inusitada em sua batalha contra a obesidade infantil, condição que atinge quase um quinto das crianças em idade escolar do país, de acordo com dados de 2021.

Algumas escolas começaram a instalar carteiras escolares equipadas com pedais, como se fossem uma variação de bicicleta ergométrica, permitindo aos alunos se exercitar e queimar calorias enquanto estão em sala de aula —algo como estudar matemática ao mesmo tempo que faz educação física.

Estudantes de ensino médio pedalam suas 'carteiras ergométricas', instaladas como parte de programa que busca combater a obesidade infantil, em San Nicolas de los Garza, no México - Daniel Becerril - 18.jan.23/Reuters

Estudantes de um colégio de ensino médio no entorno da cidade de Monterrey, no norte mexicano, aprovaram as novas mesas.

Reimy Rodriguez, que frequenta o primeiro ano da escola pública 24 Guillermo Prieto, afirmou à agência de notícias Reuters que o exercício tem a vantagem extra de deixar os colegas mais focados. "É incrível, na verdade."

Um terço da população mexicana é obesa e, ao que tudo indica, o problema começa na infância. Pesquisa mais recente do Ministério da Saúde do país mostrou que quase 8% das crianças com menos de cinco anos do país têm sobrepreso ou são obesas, uma porcentagem que sobe para 37% quando a faixa é dos 5 aos 11 anos.

A escola de Rodriguez hoje tem 2 de suas 21 salas de aula totalmente equipadas com as carteiras especiais —o plano é que no futuro elas substituam completamente as atuais instalações. Miguel Ortiz, fundador da empresa que construiu os móveis, batizados de "bicibancos", afirmou ter inspirado suas criações em um modelo visto em um colégio canadense.

"Decidimos desenvolver um protótipo com um custo que o tornasse viável implementá-lo aqui", explicou o empresário, acrescentando que cada carteira custa cerca de 2.700 pesos mexicanos (por volta de R$ 730), cinco vezes menos do que a carteira canadense original.

Diretora da escola, Sanjuanita Garcia afirmou que a novidade foi especialmente bem-vinda após a pandemia. "Depois que retomamos as aulas presenciais, começamos a observar muita ansiedade entre os nossos meninos e um crescimento da obesidade. Com esse projeto, estamos tentando resolver o problema."

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