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Terremoto de magnitude 6,8 causa 15 mortes no Equador e no Peru

Tremor também foi sentido na Argentina, Chile e México, mas em menor intensidade; não foram registradas vítimas nesses países

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Quito (Equador) | AFP

Subiu para 15 neste domingo (19) o número de pessoas que morreram em um terremoto de magnitude 6,8 que atingiu principalmente o sul do Equador e o Peru no último sábado (18). Há ainda vários feridos nos dois países.

O tremor foi registrado às 12h12 locais (14h12 de Brasília), e o epicentro se deu no município equatoriano de Balao, a 140 quilômetros de Guayaquil. Argentina, Chile e México também sentiram o tremor, mas com menor intensidade e não foram registradas vítimas.

Neste domingo (19), por meio de um comunicado do Itamaraty, o governo brasileiro expressou solidariedade aos países afetados e se colocou à disposição para ajudar no atendimento à emergência humanitária.

Foto mostra construções destruídas após terremoto atingir a cidade de Machala, no Equador
Foto mostra construções destruídas após terremoto atingir a cidade de Machala, no Equador - Gleen Suarez / AFP

No Equador, 14 pessoas morreram em consequência do tremor. Na cidade peruana de Tumbes, na fronteira com Equador, uma menina de quatro anos morreu após ser atingida por um tijolo na cabeça.

"Aí onde está essa poça de sangue, ela estava brincando com a minha outra sobrinha quando caiu o tijolo", disse à AFP David Alvarado, tio da menina.

No sábado, o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, percorreu os territórios afetados e prometeu que a emergência será atendida "de maneira imediata". O governo também disponibilizou "todos os recursos financeiros com caráter de urgência para que (...) se comecem os trabalhos para atender os danos em edifícios privados e públicos", disse ele, em reunião com políticos locais.

Neste momento, as autoridades fazem obras em estradas de Azuay, onde o tremor provocou 22 deslizamentos de terra que impedem o tráfego de veículos.

O terremoto foi sentido com mais força no sul do Equador, onde as pessoas, assustadas, deixaram suas casas e foram para as ruas. Uma das cidades mais atingidas foi Cuenca.

"As pessoas saíam correndo e gritavam desesperadas, todo mundo saía dos carros, gritavam e choravam", disse à AFP Magaly Escandón, uma vendedora na cidade de Cuenca.

Segundo a presidência do Equador, "há feridos que estão sendo atendidos nos hospitais", mas não especificou quantas pessoas.

Em um comunicado, o governo do Chile manifestou "solidariedade" às vítimas e afirmou que, até o momento, não havia vítimas do terremoto no Chile.

O sismo atingiu a costa norte e o centro do Peru, com menor intensidade. Em Tumbes, o tremor deixou 46 feridos e 12 casas danificadas.

O terremoto devastador de 2016 ainda está vivo na memória dos equatorianos. O tremor de magnitude 7,8 deixou 673 mortos e destruiu cidades, com um prejuízo de cerca de US$ 3,3 bilhões.

O Instituto Oceanográfico das Forças Armadas do Peru assegurou que o tremor "não reúne as condições necessárias para gerar um tsunami".

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