Harry e Meghan sofrem perseguição de carro por paparazzi em episódio quase mortal

Porta-voz do príncipe diz que veículo em que casal estava foi seguido por fotógrafos por mais de duas horas

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Londres | Reuters

O príncipe Harry e sua esposa, a ex-atriz Meghan Markle, envolveram-se em uma perseguição de carro "quase catastrófica" com paparazzi, afirmou o porta-voz do nobre em nota divulgada nesta quarta (17).

O episódio teria ocorrido na véspera, após o casal comparecer a um evento organizado pela Fundação Ms. para Mulheres, no qual Meghan foi homenageada, em Nova York.

Meghan Markle e seu marido, o príncipe Harry, em evento em Nova York - Andrew Kelly - 6.dez.22/Reuters

Imagens divulgadas nas redes sociais mostram Harry, Meghan e a mãe dela, Doria Ragland, em um táxi naquela noite. De acordo com a declaração do casal divulgada à imprensa, ao voltarem para casa, os três foram seguidos por um grupo de fotógrafos "extremamente agressivos".

"Essa perseguição implacável, que durou mais de duas horas, por pouco não resultou em várias colisões envolvendo outros motoristas, pedestres e dois policiais de Nova York", afirma o texto.

"Embora ser uma figura pública sempre implique certo nível de interesse por parte da população, isso nunca deve acontecer às custas da segurança de alguém. A divulgação dessas imagens, considerando a forma como foram obtidas, encoraja uma prática altamente intrusiva e perigosa para todos os envolvidos."

O prefeito de Nova York, o democrata Eric Adams, afirmou que a perseguição foi imprudente e irresponsável. "Temos muito tráfego, muito movimento. Qualquer tipo de perseguição em alta velocidade é inapropriada", disse. "Acho que poucos de nós não se lembram como a mãe dele [princesa Diana] morreu."

Já o Departamento de Polícia de Nova York informou que vários fotógrafos fizeram com que a viagem do casal se tornasse "um desafio".

Harry e Meghan renunciaram às suas funções na realeza britânica em 2020 e hoje vivem nos EUA. Eles afirmam que parte do motivo que os levou a tomar essa decisão se deveu ao assédio da imprensa. Dias depois, a família real divulgou um comunicado dizendo que o casal não só deixaria de representar a rainha como se tornariam financeiramente independentes.

O príncipe tem uma relação complicada com a mídia. Harry está envolvido em processos contra tabloides britânicos, que acusa de usarem métodos ilegais para atacar sua família. Ele ainda culpa profissionais da imprensa pela morte de sua mãe, a princesa Diana, após sofrer um acidente de carro em Paris, em 1997.

Diana tinha 36 anos quando o veículo que transportava ela e seu então parceiro, Dodi al-Fayed, acidentou-se em um túnel, num momento em que buscava se afastar dos fotógrafos que a perseguiam em motocicletas. Ele também morreu no acidente.

A morte da princesa mergulhou a monarquia britânica em crise, dado que ela se deu pouco depois do fim de seu casamento —engolfado em brigas e adultério— com o herdeiro do trono, o então príncipe Charles.

Com o acidente veio a revelação de sua frustração com seu papel na realeza e a tibieza da família real na decisão de como reagir à comoção popular. Diana ainda hoje é lembrada no Reino Unido como um ícone da moda e por ter quebrado as rígidas convenções da realeza. No último dia 6, Harry foi à cerimônia de coroação do rei Charles 3º, em Londres, mas não teve nenhum papel reservado no evento.

Sem Meghan, o príncipe dormiu apenas uma noite na cidade inglesa. A razão oficial para tanta pressa foi o aniversário de seu seu filho mais velho, Archie, que completou quatro anos no dia seguinte.

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