Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/06/2010 - 14h06

Israel inicia investigação interna sobre ataque a navio humanitário

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Israel iniciou nesta segunda-feira os trabalhos da comissão de investigação sobre o ataque, em 31 de maio passado, a uma embarcação turca que tentava furar o bloqueio à faixa de Gaza para levar ajuda humanitária. A ação deixou oito turcos e um turco-americano mortos e causou grande condenação internacional.

A Turquia, que retirou seu embaixador de Israel e cancelou os exercícios militares conjuntos, exige uma investigação internacional, além de um pedido de desculpas, indenização às vítimas e a devolução da embarcação.

Segundo a comissão israelense, que iniciou os trabalhos em em Jerusalém, o premiê Binyamin Netanyahu será um dos primeiros a depor.

Em declaração à imprensa, o líder da comissão e juiz aposentado do tribunal supremo israelense, Jacob Turkel, disse que o ministro da Defesa, Ehud Barak, e o chefe do Estado-Maior, Gaby Ashkenazi, também serão convocados em breve.

Turkel apresentou os outros dois membros do comitê: Amos Horev, 86, comandante geral aposentado que participou de investigações internas anteriores de ações militares israelenses, e Shabtai Rozen, 93, um analista em Direito Internacional.

O órgão tem como objetivo esclarecer os fatos e não atribuir responsabilidades aos políticos e militares que tomaram as decisões. O grupo conta com dois observadores internacionais sem direito a voto: o norte-irlandês William David Trimble, prêmio Nobel da Paz, e o canadense Ken Watkin, ex-promotor general do Exército do Canadá.

Trimble disse nesta segunda-feira que os membros do comitê estão "decididos a fazer uma investigação rigorosa", o que representaria uma 'contribuição positiva para a paz".

A comissão não vai interrogar os soldados que participaram da abordagem, efetuado em águas internacionais, e se limitará a receber o resumo das respostas dadas ao grupo de analistas do próprio Exército israelense.

O objetivo da comissão será determinar se as ações do Estado de Israel para impedir a chegada do comboio humanitário a Gaza ocorreram conforme o direito internacional e pronunciar-se sobre a legalidade do bloqueio marítimo que mantém sobre a faixa palestina.

A Turquia criticou a investigação, que classificou de tendenciosa. Nesta segunda-feira, o país decidiu fechar seu espaço aéreo para alguns dos voos militares israelenses. A medida é retaliação ao ataque.

Os navios com ajuda humanitária navegavam rumo a Gaza para tentar romper com o bloqueio imposto por Israel contra o governo do grupo islâmico radical Hamas. O país insiste que as tropas envolvidas na ação agiram em defesa própria, depois de serem atacadas por ativistas a bordo.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página