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Israel inicia investigação interna sobre ataque a navio humanitário
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Israel iniciou nesta segunda-feira os trabalhos da comissão de investigação sobre o ataque, em 31 de maio passado, a uma embarcação turca que tentava furar o bloqueio à faixa de Gaza para levar ajuda humanitária. A ação deixou oito turcos e um turco-americano mortos e causou grande condenação internacional.
A Turquia, que retirou seu embaixador de Israel e cancelou os exercícios militares conjuntos, exige uma investigação internacional, além de um pedido de desculpas, indenização às vítimas e a devolução da embarcação.
Segundo a comissão israelense, que iniciou os trabalhos em em Jerusalém, o premiê Binyamin Netanyahu será um dos primeiros a depor.
Em declaração à imprensa, o líder da comissão e juiz aposentado do tribunal supremo israelense, Jacob Turkel, disse que o ministro da Defesa, Ehud Barak, e o chefe do Estado-Maior, Gaby Ashkenazi, também serão convocados em breve.
Turkel apresentou os outros dois membros do comitê: Amos Horev, 86, comandante geral aposentado que participou de investigações internas anteriores de ações militares israelenses, e Shabtai Rozen, 93, um analista em Direito Internacional.
O órgão tem como objetivo esclarecer os fatos e não atribuir responsabilidades aos políticos e militares que tomaram as decisões. O grupo conta com dois observadores internacionais sem direito a voto: o norte-irlandês William David Trimble, prêmio Nobel da Paz, e o canadense Ken Watkin, ex-promotor general do Exército do Canadá.
Trimble disse nesta segunda-feira que os membros do comitê estão "decididos a fazer uma investigação rigorosa", o que representaria uma 'contribuição positiva para a paz".
A comissão não vai interrogar os soldados que participaram da abordagem, efetuado em águas internacionais, e se limitará a receber o resumo das respostas dadas ao grupo de analistas do próprio Exército israelense.
O objetivo da comissão será determinar se as ações do Estado de Israel para impedir a chegada do comboio humanitário a Gaza ocorreram conforme o direito internacional e pronunciar-se sobre a legalidade do bloqueio marítimo que mantém sobre a faixa palestina.
A Turquia criticou a investigação, que classificou de tendenciosa. Nesta segunda-feira, o país decidiu fechar seu espaço aéreo para alguns dos voos militares israelenses. A medida é retaliação ao ataque.
Os navios com ajuda humanitária navegavam rumo a Gaza para tentar romper com o bloqueio imposto por Israel contra o governo do grupo islâmico radical Hamas. O país insiste que as tropas envolvidas na ação agiram em defesa própria, depois de serem atacadas por ativistas a bordo.
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