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Mulher pode ser apedrejada até a morte no Irã, alerta ativista à CNN
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um ativista de direitos humanos iraniano alertou que Sakineh Mohammadie Ashtiani, mãe de dois filhos, pode ser apedrejada até a morte a qualquer momento segundo uma pena de morte imposta pelas autoridades do Irã, informa a rede americana CNN. Ela foi considerada culpada por adultério em 2006.
Apenas uma campanha internacional para pressionar o governo de Teerã poderia salvar sua vida, disse à CNN Mina Ahadi, chefe do Comitê Internacional contra o Apedrejamento e a Pena de Morte. "Legalmente está encerrado. Sakineh pode ser apedrejada a qualquer minuto."
Ashtiani, 42, vai ser enterrada até o peito, segundo relatório da Anistia Internacional citando o código penal iraniano. As pedras que serão atiradas contra ela serão grandes o suficiente para causar dor, mas não tão grandes para matá-la imediatamente.
Segundo o advogado de direitos humanos Mohammad Mostafaei, ela foi forçada a confessar o crime após 99 chibatadas, informa a CNN. Posteriormente, ela retirou a confissão e negou ter feito qualquer coisa errada. Ele acredita que a língua foi um obstáculo para sua cliente compreender o processo judicial, já que ela é descendente de azerbaijões e fala turco, não farsi.
Na quarta-feira, a Anistia Internacional fez um pedido ao governo iraniano para que cancele imediatamente as execuções. O grupo registrou 126 execuções no Irã do começo do ano até 6 de junho, segundo a CNN.
O artigo 74 do código penal iraniano exige ao menos quatro testemunhos --quatro homens, ou três homens e duas mulheres-- para condenar um adúltero à pena de morte, disse Ahadi à CNN. No caso de Ashtiani, não houve testemunhas. Em geral, maridos forjam histórias desse tipo para se livrar do casamento, disse Ahadi.
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