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Soldado americano é acusado após vazar na internet vídeo de ataque em Bagdá
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O soldado americano Bradley Manning, 22, suspeito de vazar um vídeo de um ataque militar no Iraque, foi acusado de manipular incorreta e vazar informação confidencial, pondo a segurança nacional em risco, informou em comunicado o Exército dos EUA, nesta terça-feira.
O vídeo mostra um grupo de homens andando em uma rua de Bagdá antes de serem atacados por helicópteros americanos, em um incidente que doze mortos, em 2007. É possível ouvir os atiradores americanos rindo e se referindo aos homens como "bastardos mortos". Em seguida, o vídeo mostra o helicóptero abrindo fogo contra uma van carregando civis desarmados que tentavam ajudar os feridos.
AP | ||
Vídeo de ataque no Iraque divulgado na internet foi confirmado como autêntico por alto oficial militar dos EUA |
Entre os mortos, suspeita-se que estivesse o fotógrafo da Reuters Namir Noor-Eldeen, 22, e seu motorista Saeed Chmagh, 40. Duas crianças ficaram feridas.
Se for considerado culpado de todas as acusações, Manning pode receber uma pena máxima de 52 anos de prisão.
O vídeo confidencial foi retirado da cabine de controle durante um combate a incêndio em 2007, e publicado em abril no site Wikileaks.org, que promove a divulgação de informações para combater a corrupção corporativa e no governo.
Logo após o anúncio do Exército, o site Wikileaks publicou uma reclamação na rede social Twitter, afirmando que enquanto Manning é acusado, a "equipe do gatilho feliz do [helicóptero] Apache continua sem acusações".
Uma investigação militar interna concluiu que os soldados nos helicópteros agiram apropriadamente. Segundo resultados de uma investigação no ano passado, os funcionários da Reuters estavam provavelmente "misturados entre os insurgentes" e difíceis de serem distintos por causa de seus equipamentos.
Um porta-voz militar disse que a equipe do helicóptero confundiu a câmera com um lançador de granada propelida por foguete.
O ACUSADO
Manning, 22, de Potomac, em Maryland, foi preso em Bagdá no começo de junho e agora é mantido no Kuait.
As acusações contra o especialista do Exército incluem "transferir dados confidenciais a seu computador pessoal e acrescentar um software não autorizado a um sistema de computador confidencial". Ele também foi acusado de "comunicar, transmitir e entregar informações da defesa nacional a uma fonte não autorizada", e de "vazar informação confidencial relacionada à defesa nacional com razões para acreditar que as informações pudessem prejudicar os EUA".
O DENUNCIANTE
O ex-hacker de computador Adrian Lamo, de Sacramento, na Califórnia, disse que alertou o Exército após Manning ter lhe contado pela internet que tinha vazado o vídeo.
Lamo disse que foi uma decisão muito difícil. "Eu o entreguei porque, para o resto da minha vida, pensaria se algo que ele vazou poderia ter custado uma vida humana", disse Lamo. Ele disse não ter recebido nenhuma recompensa pela denúncia.
Em 2004, ele foi considerado culpado de invadir o sistema de computadores do jornal "The New York Times" e ainda deve US$ 62,8 mil em indenização.
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