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21/07/2010 - 12h20

Ditador do Sudão desafia ordem internacional de prisão e visita Chade

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ditador do Sudão, Omar Hassan Al Bashir, chegou nesta quarta-feira ao Chade, em sua primeira visita a um país que reconhece o Tribunal Penal Internacional, que decretou contra ele ordem de prisão por genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Darfur.

A ordem de prisão foi decretada em 2009, mas nunca pode ser cumprida porque o Sudão não é membro da corte internacional e nem nenhum país visitado pelo ditador desde então.

O governo sudanês, contudo, diz estar confiante que Chade não vai entregá-lo para a corte internacional.

Zohra Bensemra-o8mar.09/Reuters
Corte Internacional acrescentou três acusações de genocídio à ordem de prisãio contra o ditador do Sudão, Omar Hassan Al Bashir
Corte Internacional acrescentou três acusações de genocídio à ordem de prisãio contra o ditador do Sudão, Omar Hassan Al Bashir

As agências de notícias dizem que Bashir foi recebido no aeroporto pelo presidente chadiano, Idriss Deby. Ele vai participar de uma cúpula da Comunidade de Estados Sahel-Saara.

A organização de direitos humanos Human Rights Watch pediu ao Chade que prende Bashir, sob risco de se tornar o primeiro país membro do tribunal a proteger um suspeito de crimes de guerra.

Bashir, no poder há 21 anos, é o primeiro chefe de Estado em exercício a ser objeto de uma ordem de prisão do TPI --primeiro tribunal internacional permanente encarregado de julgar os autores de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.

Os juízes acrescentaram na semana passada três acusações de genocídio na ordem de prisão do ditador, por matar, causar danos físicos e psicológicos e "deliberadamente infligir condições de vida calculadas para trazer destruição física".

Darfur é cenário de um conflito armado desde 2003, quando dois grupos rebeldes iniciaram uma luta ao governo para protestar contra a pobreza e a marginalização que os habitantes da área sofrem.

Desde então, a guerra civil deixou mais de 300 mil mortos e dois milhões de refugiados, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).

 

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