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Na OEA, Colômbia diz que guerrilha está consolidada e ativa na Venezuela
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DE SÃO PAULO
A Colômbia denunciou nesta quinta-feira diante da OEA (Organização dos Estados Americanos) que os guerrilheiros colombianos estão consolidados e ativos no território venezuelano, em sessão extraordinária na qual o país prometeu apresentar provas das acusações.
O embaixador colombiano no órgão, Luis Alfonso Hoyos, deve apresentar dez vídeos, 12 testemunhos, mais de 20 fotografias e várias coordenadas de acampamentos utilizados pelos guerrilheiros na Venezuela. Com as provas, o governo colombiano estuda ainda pedir a organismos internacionais que verifiquem os locais onde ficariam os acampamentos.
As provas mostrariam que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, tem conhecimento e permite a presença de integrantes das guerrilhas colombianas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e Exército de Libertação Nacional (ELN) na Venezuela.
Entre os guerrilheiros, estariam o líder das Farc, Iván Márquez, o chamado chanceler Rodrigo Granda, e o líder do ELN Carlos Marín Guarín, conhecido como Pablito.
A Colômbia já levou anteriormente à OEA suas queixas sobre a suposta infiltração de guerrilheiros na Venezuela, mas é a primeira vez que Bogotá convoca uma reunião extraordinária do Conselho Permanente para discutir o tema. A reunião será na manhã desta quinta-feira, na sede da OEA em Washington.
Hoyos ressaltou mais cedo que a organização regional é um foro político e não um organismo judicial ou um tribunal de justiça. "O objetivo não é um pronunciamento enérgico, mas que os fatos sejam conhecidos, que se conheça a posição da Colômbia e que a verdade seja posta sobre a mesa", enfatizou.
RELAÇÕES ESTREMECIDAS
A denúncia de Uribe, que está nas últimas semanas de mandato, voltou a complicar as relações bilaterais, a ponto de Chávez retirar seu embaixador de Bogotá e ameaçar romper relações.
A Colômbia também convocou sua embaixadora em Caracas, por causa de "todos os antecedentes e denúncias que a Colômbia vem fazendo", disse um porta-voz do governo.
A Venezuela "congelou" no ano passado todas as relações diplomáticas e comerciais com a Colômbia, em protesto contra um acordo militar entre Bogotá e Washington, que Chávez vê como uma ameaça à sua soberania.
Chávez disse que espera retomar as conversações com o país vizinho depois da posse de Juan Manuel Santos como presidente da Colômbia, em 7 de agosto. Apesar de ser sucessor do popular Uribe, Santos adotou um discurso de reaproximação com Chávez.
O venezuelano disse, contudo, que não irá à posse do novo colega por motivos de segurança.
COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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