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22/07/2010 - 15h52

Embaixador colombiano critica rompimento de relações da Venezuela

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DE SÃO PAULO

O embaixador da Colômbia na OEA (Organização dos Estados Americanos), Luis Hoyos, classificou de errônea a decisão do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de romper relações com o país. Horas antes, Hoyos exibiu, em sessão extraordinária do órgão, provas de que haveria 87 acampamentos de guerrilheiros colombianos em território venezuelano.

Hoyos lamentou, em nome do governo da Colômbia, "a decisão errônea que toma a Venezuela". "A Venezuela não tem problemas com a Colômbia e deveria romper relações com os grupos criminosos".

Ele criticou ainda a decisão de Chávez, que, diante das acusações, "preferiu insultar e romper relações".

Mais cedo, o presidente Chávez rompeu as relações com a Colômbia diante das acusações de que o país abriga os guerrilheiros colombianos. "Nós não temos outra escolha se não, por dignidade, romper nossas relações com nossa nação irmã da Colômbia", disse Chávez, em aparição ao vivo na televisão, ao lado do técnico da seleção argentina, Diego Maradona.

Citado pelo jornal "El Universal", o líder da Venezuela argumentou que as supostas provas de que o país abrigue guerrilheiros colombianos são "invenções" e anunciou que suas fronteiras estão em alerta máximo.

A Venezuela já "congelara" no ano passado todas as relações diplomáticas e comerciais com a Colômbia, em protesto contra um acordo militar entre Bogotá e Washington, que Chávez vê como uma ameaça à sua soberania.

As relações ficaram ainda mais estremecidas com a denúncia do presidente colombiano, Alvaro Uribe, que está nas últimas semanas de mandato, de que Chávez abriga guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e Exército de Libertação Nacional (ELN) na Venezuela.

Entre os guerrilheiros, estariam o líder das Farc, Iván Márquez, o chamado chanceler Rodrigo Granda, e o líder do ELN Carlos Marín Guarín, conhecido como Pablito.

PROVAS

Nesta quinta-feira, em sessão extraordinária, Hoyos exibiu fotos, vídeos e testemunhos que provariam a presença de ao menos 87 acampamentos e 1.500 guerrilheiros protegidos em solo venezuelano.

Ele afirmou que os acampamentos não são novos "e continuam se consolidando". "Não são [apenas] casas. São ao menos 87 estruturas completamente armadas em território venezuelano".

Em seu discurso, que também contou com fotos e imagens aéreas, Hoyos se concentrou nas informações sobre quatro localidades, que abrigariam os acampamentos nomeados Ernesto, Berta, Bolivariano e Jesus Santrich, situados 23 quilômetros para dentro do território venezuelano.

A Venezuela negou nesta quinta-feira as acusações e alegou que as fotos aéreas mostradas como provas foram tiradas em território colombiano.

"Uma das imagens onde se mostra Pablito em uma suposta praia venezuelana, a cor da areia me faz pensar que é mais parecida com a praia de Santa Marta [na Colômbia], grata cidade porque foi onde morreu nosso libertador. Além disso, a cor do céu e das flores são muito parecidas e isso pode ser tanto na Colômbia quanto na Venezuela", defendeu o embaixador venezuelano na OEA, Roy Chaderton.

COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

 

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