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Venezuela dá 72 horas para diplomatas colombianos deixarem o país
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo da Venezuela deu 72 horas para os diplomatas colombianos deixarem o país. Mais cedo, o presidente Hugo Chávez anunciou o rompimento das relações bilaterais diante das acusações da Colômbia, em sessão da OEA, de que há acampamentos de guerrilhas colombianas no país.
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Segundo o ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Nicolás Maduro, disse que o país enviou uma nota diplomática ao encarregado de negócios da Colômbia em Caracas. "Em 72 horas devem fechar a embaixada e se retirar do país", disse.
Nesta quinta-feira, em sessão extraordinária da Organização dos Estados Americanos, a Colômbia exibiu fotos, vídeos e testemunhos que provariam a presença de ao menos 87 acampamentos e 1.500 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e do Exército de Libertação Nacional (ELN) protegidos em solo venezuelano.
O embaixador da Colômbia no órgão, Luis Alfonso Hoyos, afirmou que os acampamentos não são novos "e continuam se consolidando". "Não são [apenas] casas. São ao menos 87 estruturas completamente armadas em território venezuelano".
Em resposta às acusações, Chávez afirmou que o presidente colombiano, Álvaro Uribe, é "mentiroso" e "mafioso". "Se presta a qualquer jogada, é capaz de qualquer coisa e instalou um governo de máfias, triste e lamentavelmente para este povo querido e irmão e para seus vizinhos que somos nós".
Ele afirmou ainda que colocou as fronteiras em "alerta máximo", diante do risco de que o Uribe, "movido por seu ódio contra a Venezuela", opte por uma ação militar contra Caracas, enfatizou o líder venezuelano.
IMORAL E ERRÔNEA
Uribe ainda não se pronunciou, mas Hoyos criticou o rompimento como "um erro histórico" e "imoral".
"Nos parece lamentável este erro histórico, o governo da Venezuela deveria romper relações com os grupos que sequestram, que assassinam, que estão dedicadas ao narcotráfico e não com um governo legitimamente constituído", disse Hoyos à rede Caracol.
O embaixador afirmou também que a administração de Álvaro Uribe usará "todos os mecanismos diplomáticos neste cenário e em todos os que forem necessários" para pressionar o governo da Venezuela em busca de uma revisão internacional das acusações.
Para o diplomata, seria "absolutamente imoral" que a Venezuela rejeite a possibilidade de a comunidade internacional realizar uma inspeção, assim como a imprensa, nas áreas em que estariam os supostos acampamentos das Farc e do ELN.
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