Piñera pede ajuda da comunidade internacional para salvar mineiros presos

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, informou nesta segunda-feira que pediu ajuda internacional para resgatar os 33 mineiros que estão já há cerca de 96 horas presos embaixo da terra, na mina de San José, em Copiapó, na região de Atacama.

Um deslizamento de terra foi registrado na mina de ferro subterrânea, localizada a 900 quilômetros de Santiago, na madrugada da última quinta-feira e, hoje, um novo desmoronamento complicou o resgate dos trabalhadores. Desde sexta-feira não há contato com os trabalhadores.

O presidente, que viaja nesta tarde pela segunda vez para o local do desastre, acompanhado da primeira-dama, Cecília Morel, informou que o governo contatou os países que tem muita experiência nessa área, como o Peru, os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália, "porque se há alguma tecnologia, equipamento ou conhecimento que no possa ajudar, vamos utilizar".

O mandatário acrescentou que também iriam à região especialistas locais das principais empresas de túneis, engenharia e mineradoras "para ter a certeza absoluta de que estamos fazendo tudo o que é humanamente possível".

Ele explicou ainda que as atividades são desenvolvidas em três frentes paralelas: sondagem, túnel de ventilação e recuperação da rampa de entrada da mina. "O desafio não é fácil. Isto não está só em nossas mãos, também está nas mãos de Deus", reiterou.

Piñera anunciou que apressará um projeto de lei que assegure uma atividade mineira que dê mais garantias aos trabalhadores, já que a partir deste episódio constatou-se que "em muitas explorações mineiras, a segurança não está sendo considerada como deveria".

Ele também afirmou que "ainda virá o tempo de buscar" os responsáveis pelo acidente mas garantiu que haverá punições. As famílias dos mineiros, por sua vez, reclamam auxílio do governo e também da empresa San Esteban, proprietária do local.