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31/08/2010 - 12h56

Jornal iraniano diz que Carla Bruni deveria morrer após expressar apoio à Sakineh

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DA REUTERS

Um jornal iraniano publicou nesta terça-feira que Carla Bruni, esposa do presidente francês, Nicolas Sarkozy, merecia morrer depois de expressar solidariedade a uma mulher que foi condenada à morte por apedrejamento após cometer adultério.

O jornal linha-dura "Kayhan" chamou Bruni de "prostituta" e alegou que seu estilo de vida significava que ela merecia um destino semelhante ao da iraniana que foi condenada à morte por adultério.

Bruni foi uma das diversas celebridades francesas que publicaram uma carta aberta à Sakineh Mohammadi Ashtiani, cujo caso provocou indignação internacional e trouxe à tona o uso do apedrejamento no Irã como pena capital.

Bruni escreveu: "Derrame seu sangue, deprive as crianças de sua mãe? Por quê? Porque você viveu, porque você amou, porque você é uma mulher, uma iraniana? Cada parte de mim se recusa a aceitar isso."

O jornal "Kayhan", cujo editor-chefe é nomeado pelo líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, publicou a carta de Bruni no sábado, sob a manchete: "Prostitutas francesas começam a defender direitos humanos".

Na terça-feira o jornal voltou ao assunto, criticando a "relação ilícita (de Bruni) com diversas pessoas", acusando-a de causar o divórcio de Sarkozy com a segunda esposa.

"Analisando o histórico de Carla Bruni, vemos claramente os motivos pelos quais uma mulher imoral estaria defendendo uma iraniana condenada à morte por adultério e por ser cúmplice do assassinato de seu marido e, de fato, ela mesmo merece morrer", afirmou o jornal.

Ashtiani, mãe de dois filhos, recebeu 99 chicotadas por ter mantido relações ilícitas com dois homens. A sentença de apedrejamento foi suspensa e aguarda revisão jurídica, mas pode ser executada, disse uma autoridade judicial iraniana.

 

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