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31/08/2010 - 13h36

Comando brasileiro mudará foco de missão de paz da ONU no Haiti

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FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA

O perfil das tropas da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti deve mudar a partir de outubro, quando haverá a renovação do mandato e reedição dos termos da missão no país caribenho.

O general Floriano Peixoto, que comandava a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) quando o terremoto de 12 de janeiro destruiu o país, afirma que as maiores demandas neste momento são a construção de moradias e a remoção de escombros.

Diante das necessidades de reconstrução do país, a ONU deve alterar o foco da missão, hoje direcionado para a estabilização da paz. O comando das tropas, contudo, continuará nas mãos dos brasileiros.

"A continuidade da ajuda internacional deve incorporar elementos de reconstrução da base física e de infraestrutura, coisa que a ONU já vem fazendo. Haverá um momento que esse balanceamento deverá ser refeito. [A missão] Começa forte militar e vai balanceando", disse o general, que na manhã desta terça-feira ganhou uma medalha do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Segundo Floriano Peixoto, o Haiti hoje "está absolutamente seguro" e crimes como sequestro simplesmente deixaram de existir após o terremoto.

Ontem, ex-comandante brasileiro das tropas da ONU no Haiti ganhou elogios do general Douglas Fraser, do Comando Sul dos EUA, pelo esforço em tentar aliviar a dor dos haitianos.

Questionado se a medalha significava um sinal de reconhecimento norte-americano após eventuais desgastes nas relações militares pós-terremoto, Floriano Peixoto foi categórico em reafirmar que não houve competição entre as tropas. "Talvez no início houve indefinição de papéis", ponderou, dizendo que ao EUA cabia ajuda humanitária e ao Brasil garantir a segurança.

Colômbia

O comandante norte-americano também enfatizou a parceria com o Brasil até para responder sobre os primeiros atos do presidente de outra nação. Ao ser perguntado se os EUA estão preocupados com a aproximação entre o novo presidente colombiano Juan Manuel Santos e países como a Venezuela, o general David Fraser disse estar "muito feliz".

"Ele [o presidente colombiano] está construindo relações boas com outros países Como nós testemunhamos nosso apoio no Haiti, são as relações fortes entre nações e forças armadas que fazem diferença. Estou muito feliz", disse.

 

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