Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/12/2010 - 14h26

Corte da Guiné confirma eleição de Alpha Condé para presidente

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Suprema Corte da Guiné nomeou o oposicionista Alpha Condé como presidente nesta sexta-feira, rejeitando as queixas de fraude eleitoral formuladas por seu rival, o ex-primeiro-ministro Cellou Dalein Diallo.

Acompanhe a Folha no Twitter
Conheça a página da Folha no Facebook

Poucas horas depois, Diallo reconheceu a derrota.

Realizado em 7 de novembro, o segundo turno eleitoral foi o primeiro pleito livre na Guiné desde que a nação ficou independente da França, em 1958, e a ideia é que encerre quase dois anos de regime militar no país, maior exportador mundial de bauxita.

Joe Penney/Reuters
Chefe da Suprema Corte, Mamadou Sylla, se prepara para declarar resultado final da eleição em Guiné
Chefe da Suprema Corte, Mamadou Sylla, se prepara para declarar resultado final da eleição presidencial em Guiné

"Tendo vencido com uma maioria de 52,52 % votos dados, o sr. Alpha Condé, candidato do partido RPG, foi eleito presidente da República da Guiné", disse em coletiva de imprensa o presidente da Suprema Corte, Mamadou Sylla.

A corte se reuniu na noite de quinta-feira (2) e anunciou o resultado na madrugada desta sexta. O diretor da campanha de Diallo, Fodé Oussou Fofana, pareceu estar resignado à derrota.

"No final, será a Guiné que sairá ganhando", disse ele a jornalistas, aludindo ao fato de o caótico processo eleitoral ter chegado ao fim.

Para Condé, o resultado final representa uma reviravolta dramática em relação ao primeiro turno da eleição, no qual Diallo ficou com 44 % dos votos, contra apenas 18 % de Condé.

Mas o resultado também ressalta até que ponto a política na Guiné é influenciada por considerações étnicas. Diallo mostrou não ter conseguido atrair os eleitores que não pertencem à etnia fulani (ou peul), que compõe cerca de 40 % da população.

Essas tensões étnicas explodiram em violência antes e depois da eleição. Um grupo de defesa dos direitos humanos disse que dez pessoas foram mortas e outras 215 feridas em choques ocorridos desde o anúncio dos resultados provisórios da eleição, no mês passado.

O governo da Guiné havia declarado estado de emergência em 17 de novembro, após três dias de violência nas ruas desde que o candidato oposicionista Alpha Condé foi declarado vencedor das eleições presidenciais.

A Guiné tem um histórico de repressão violenta a manifestações, e as forças de segurança estão sob atenta observação, depois da morte de mais de 150 pessoas durante uma passeata por democracia no ano passado.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página