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06/12/2010 - 07h44

Hillary acusa aliada Arábia Saudita de financiar grupos terroristas

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DE SÃO PAULO

Em memorando divulgado pelo site WikiLeaks neste fim de semana, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, diz que a Arábia Saudita é origem da maior parte do dinheiro que financia grupos terroristas no Oriente Médio e no Paquistão.

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O regime de Riad é um importante aliado dos EUA na região.

"É preciso fazer mais, porque a Arábia Saudita continua a ser um financiador importante de grupos militantes islâmicos como a Al Qaeda, o Taleban, o LeT [o grupo Lashkar-e-Taiba, sediado no Paquistão] e outros grupos terroristas", afirma.

O documento foi assinado em dezembro de 2009 por Hillary e enviado às embaixadas americanas em Riad, Abu Dhabi, Al Kuait, Islamabad e Doha.

"Os doadores na Arábia Saudita constituem a fonte mais significativa de fundos para grupos terroristas a nível mundial", revela.

Segundo o texto, outros países aliados dos EUA no Oriente Médio também permitem o financiamento de grupos extremistas.

Entre eles, os Emirados Árabes Unidos, chamado de "um buraco estratégico" que pode ser explorado pelos terroristas, o Qatar, "o pior da região" na luta antiterrorista, e o Kuait, visto como "um ponto-chave de trânsito".

O memorando expõe a preocupação dos EUA em impedir que grupos extremistas recebam financiamento.

Washington questiona o fluxo contínuo de recursos financeiros a que têm acesso grupos terroristas, o que estaria solapando os planos do governo Obama de estabilização do Afeganistão.

O representante especial dos EUA para o Afeganistão e o Paquistão, Richard Holbrooke, estabeleceu uma Força de Trabalho sobre Financiamento Ilegal, visando gerar mais vontade política entre os países aliados no combate ao terrorismo.

IRÃ

O memorando aponta ainda que o governo saudita se preocupa muito com a ameaça de terrorismo interno, mas não tem sido fácil convencer seus funcionários a combater o financiamento de grupos terroristas.

Riad alerta para os riscos das restrições a instituições acusadas de financiar radicais, por serem "profundamente enraizadas na cultura saudita".

Queixa-se, ainda, de que a proibição da transferência de fundos para fora do país desde 2005 tem beneficiado o regime iraniano.

Segundo o jornal espanhol "El País", um funcionário do Ministério do Interior saudita diz que os iranianos deram um passo à frente e ocuparam o vazio deixado pela interrupção da assistência saudita, aumentando sua influência em países como Líbano, Paquistão, Síria, Iêmen e Nigéria.

 

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