Publicidade
Publicidade
Aliado de presidente da Costa do Marfim acusa Ocidente de dividir país
Publicidade
DA REUTERS, EM ABIDJAN
Um aliado de Laurent Gbagbo acusou no domingo adeptos do seu adversário presidencial, Alassane Ouattara, de tentar dividir os militares para desestabilizar a Costa do Marfim.
O maior produtor mundial de cacau está paralisado por uma disputa sobre os resultados das eleições de 28 de novembro, que deveriam reunificar o país depois da guerra de 2002-03, com os dois candidatos reivindicando a vitória e formando seus próprios governos.
O candidato de oposição, Ouattara, foi reconhecido como presidente pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e vários governos estrangeiros, que ameaçaram o presidente Gbagbo com sanções, caso ele se recuse a entregar o poder.
Gbagbo ainda controla a televisão estatal, e as Forças Armadas juraram lealdade a ele, embora os militares agora pareçam divididos.
"Durante vários dias, membros das Forças Armadas ocidentais e serviços diplomáticos civis em Abidjan tentaram discretamente se aproximar de oficiais individuais do Exército nacional", disse o ministro do Interior, Emile Guirieoulou, na televisão estatal.
"A meta é encontrar soldados e policiais e fazê-los declarar o apoio a Alassane Ouattara e embarcar em um projeto de desestabilização e fragmentação da paz e da coesão social", ele acrescentou.
A comissão eleitoral da Costa do Marfim declarou Ouattara o vencedor, com 54,1% dos votos. O resultado foi apoiado pela missão local da ONU, que obteve cópias dos resultados de quase todos as seções eleitorais. A ONU foi encarregada de certificar a votação de acordo os termos de um acordo de paz assinado por Gbagbo e rebeldes do norte.
Mas o Conselho Constitucional pró-Gbagbo, o mais alto corpo legal das eleições, reverteu a decisão ao cancelar centenas de milhares de votos em regiões dominadas por Ouattara, afirmando que houve fraudes de rebeldes.
SACOS DE AREIA
Gbagbo controla o palácio presidencial e os prédios do governo, e o governo paralelo de Ouattara está sediado em um hotel de Abidjan cercado por sacos de areia e soldados com metralhadores das Forças de Paz da ONU.
O Fundo Monetário Internacional ameaçou impor sanções contra Gbagbo e sua família. A União Africana suspendeu a Costa do Marfim até que ele se retire do governo, mas ainda não anunciou medidas punitivas.
Ramtane Lamamra, da comissão de Paz e Segurança da União Africana, disse à Reuters, quando indagado sobre sanções: "Nossa estratégia é a diplomacia silenciosa e discreta. O barulho não ajuda."
Os aliados de Gbagbo, que tendem a exibir um sentimento nacionalista, rejeitam todas as críticas e pressões do exterior.
"O governo da Costa do Marfim gostaria de lembrar os membros dos corpos diplomáticos que não vai tolerar a interferência de qualquer diplomata, independentemente de seu cargo, em nossos assuntos internos", disse Guirieoulou.
+ Canais
+Notícias em mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice