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13/12/2010 - 17h49

Legionários de Cristo proíbem imagens de fundador, acusado de pedofilia e vida tripla

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A congregação mexicana Legionários de Cristo proibiu oficialmente o uso da imagem de seu fundador em seus prédios ao redor do mundo. O padre Marcial Maciel (1920-2008) foi afastado da Igreja por pedofilia e chamado recentemente de "falso profeta" pelo papa Bento 16.

J.L. Pino - 19.mai.2006/Efe
Padre Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, foi chamado de "falso profeta" pelo papa
Padre Marcial Maciel, fundador dos Legionários de Cristo, foi chamado de "falso profeta" pelo papa

Maciel fundou a congregação no México em 1941, e a governou com mão de ferro até sua morte, em 2008, aos 87 anos. Ele foi denunciado por abusos sexuais a crianças seminaristas e manteve uma vida tripla, com duas mulheres e vários filhos.

A organização está presente em 22 países e afirma ter 800 sacerdotes, 2.500 seminaristas e 70 mil membros laicos.

Em um comunicado divulgado em seu site, a congregação decreta que sejam retiradas todas as fotografias do religioso expostas nos centros da congregação --"as em que está sozinho ou com o Santo Padre"

A decisão foi tomada pelo diretor-geral dos Legionários, Alvaro Corcuera, com autorização do cardeal italiano Velasio De Paolis, nomeado comissário pontifício por Bento 16 para restaurar a entidade.

HISTÓRICO

Em 1º de maio, Bento 16 anunciou a reforma da Legião e de seu braço laico, o Regnum Christi, e condenou firmemente a vida "sem escrúpulos" do padre Maciel.

Em maio de 2006, Bento 16 obrigou Maciel a "renunciar a qualquer ministério público" e a "retirar-se a uma vida de oração e penitência".

Em seu livro, o papa Bento 16 chama o finado padre de "falso profeta", apesar de reconhecer que teve "um efeito positivo" ao fundar uma congregação cheia de entusiasmo na fé.

PROIBIÇÕES

A congregação também proíbe que "as datas relativas a sua pessoa (nascimento, batismo e ordenação) sejam comemoradas". "O aniversário de sua morte, 30 de janeiro, será um dia dedicado especialmente à oração."

O comunicado proíbe também a venda "dos escritos pessoais do fundador e suas conferências" por meio das próprias editoras ou centros, e estabelece que a "cripta do cemitério de Cotija, onde descansam os restos mortais da família de Maciel Degollado e de outros legionários de Cristo e membros consagrados do movimento, ganhará o valor que tem toda sepultura cristão como lugar de oração pelo eterno descanso dos mortos".

O decreto também determina que os escritos institucionais refiram-se a Maciel como "fundador da Legião de Cristo e do Regnum Christi" ou simplesmente como "Padre Maciel". Até o momento, ele era chamado de "nosso padre".

Apesar da proibição, a congregação reconhece que "respeitando a liberdade pessoal" dos legionários, as normas "deixam espaço para quem queira conservar de forma privada alguma fotografia do fundador, ler seus escritos ou escutar suas conferências".

 

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