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18/12/2010 - 14h52

Conselho de Segurança da ONU deve discutir Coreias neste sábado

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) deve realizar uma sessão de emergência neste sábado em meio à escalada da tensão entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, disseram diplomatas.

"Nós provavelmente teremos uma reunião nesta tarde", disse à Reuters um diplomata sob a condição de anonimato. Outro diplomata disse que o horário não tinha sido definido, mas 18h (horário de Brasília) era uma possibilidade.

CONFLITO

A Coreia do Norte afirmou neste sábado que a situação na península coreana pode "explodir" se a Coreia do Sul executar os exercícios de artilharia em uma ilha localizada na disputada fronteira marítima entre os dois países.

A ilha de Yeonpyeong, reivindicada por Pyongyang e situada no Mar Amarelo, foi bombardeada no fim de novembro pelo Norte, o que provocou a morte de quatro pessoas e gerou uma enorme tensão entre os dois países vizinhos.

O bombardeio aconteceu depois que o Sul executou manobras militares similares.

O Norte ameaçou atacar o Sul no caso de novas manobras, com munição real, previstas para durar apenas um dia no período entre 18 e 21 de dezembro.

Um comunicado do ministério norte-coreano das Relações Exteriores, citado neste sábado pela agência oficial sul-coreana Yonhap, acusa as tropas americanas de proporcionar um "escudo humano" à Coreia do Sul.

"O Departamento de Estado [americano] enviou uma mensagem ameaçadora à DPRK [Coreia do Norte], na qual afirma que não se deve esquecer que americanos e repórteres estrangeiros estão na ilha. O governo dos Estados Unidos está proporcionando um "escudo humano", afirma o texto.

Vinte militares americanos devem proporcionar assistência técnica à Marinha sul-coreana durante os exercícios.

"Se os sul-rcoreanos se atreverem a realizar os exercícios e cruzarem a fronteira, a situação na península coreana explodirá e consequências desastrosas não poderão ser evitadas", afirma o comunicado norte-coreano.

"Anunciamos desde agora que puniremos sem compaixão e sem hesitar os provocadores que invadam nossa soberania e nosso território. Nossos militares não falam em vão", completa o texto.

Pyongyang não concorda com a fronteira traçada no Mar Amarelo após a guerra de 1950-1953 e reclama as águas que cercam a ilha de Yeonpyeong, assim como outras ilhas sul-coreanas da região.

O ministério da Defesa da Coreia do Sul garantiu neste sábado que vai executar as manobras militares no Mar Amarelo, apesar das ameaças de Pyongyang.

"Não há mudanças no desenvolvimento das manobras", declarou uma fonte ministerial.

"Não podemos confirmar se faremos neste sábado os disparos de artilharia com munição real", completou.

A Rússia pediu a Seul que renunciem aos exercícios para evitar uma "escalada" com a Coreia do Norte.

O governo dos Estados Unidos considera que as manobras não representam uma ameaça para a Coreia do Norte, que no deve utilizá-las como pretexto para "novas preocupações".

Na sexta-feira, o governador americano Bill Richardson pediu a funcionários da Coreia do Norte, durante uma visita a Pyongyang, que exerçam um "cuidado extremo" com a Coreia do Sul e disse ter conquistado "um pequeno avanço".

O governador do Novo México, um experiente negociador com a Coreia do Norte, afirmou que pediu à Pyongyang que permita que o Sul realize o exercício militar previsto.

Neste sábado, a China, principal aliado da Coreia do Norte e que não condenou o ataque de 23 de setembro, qualificou de "extremamente precária" a situação na península coreana e pediu mais conversações para reduzir a tensão, segundo a agência oficial Xinhua.

O vice-ministro das Relações Exteriores, Zhang Zhijun, disse que o país está "profundamente preocupado" com a situação na península coreana, que qualificou de "extremamente precária".

 

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