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22/12/2010 - 12h30

Paquistão prende dois policiais na investigação da morte de ex-premiê

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A polícia paquistanesa prendeu nesta quarta-feira dois agentes acusados de não cumprir com seu dever no caso do assassinato da ex-premiê Benazir Bhutto, em 2007, informou um promotor.

Bhutto foi morta há três anos em um atentado suicida seguido de tiroteio, depois de participar de um comício eleitoral em Rawalpindi, perto da capital Islamabad.

"Os dois agentes da polícia foram presos. O tribunal rejeitou o pagamento de fiança", indicou o promotor Chaudhry Zulfiqar Ali.

Os policiais detidos são Saud Aziz, chefe da polícia de Rawalpindi na época do atentado, e Khurram Shahzad.

MORTE

Bhutto morreu aos 54 anos em um atentado terrorista no fim de um comício no dia 27 de dezembro de 2007, na cidade de Rawalpindi, pouco depois de retornar ao Paquistão após um longo exílio.

Greg Baker/AP
Bhutto: ex-premiê governou o Paquistão por dois mandatos, mas não completou nenhum
Bhutto: ex-premiê governou o Paquistão por dois mandatos, mas não completou nenhum

Poucos dias antes, homens-bomba haviam se explodido em Karachi (sul), próximo ao veículo em que se encontrava a ex-primeira-ministra, que conseguiu escapar nessa ocasião. Morreram pelo menos 139 pessoas, o que o converte em um dos atentados mais sangrentos da história do Paquistão.

No dia 27 de dezembro, Benazir Bhutto e outras vinte pessoas foram assassinadas em um novo atentado suicida na periferia de Islamabad.

O pouco êxito na hora de esclarecer os fatos contribuiu para engrandecer o mistério e alimentar teorias de conspirações em torno de sua morte.

Um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) indicou que o então ditador do Paquistão na época do assassinato, general Pervez Musharraf, estava ciente de um possível atentado e acompanhava as várias ameaças contra Bhutto.

Porém, seu governo "fez pouco mais do que informar essas ameaças a ela e a autoridades da Província e não foram proativos em neutralizá-las ou garantir que a segurança fornecida estivesse à altura das ameaças".

O documento foi duramente criticado pelo governo do Paquistão, que alegou falhas na investigação.

Bhutto era a figura política mais conhecida no país. Ela ficou à frente do governo entre 1988 e 1996. Desde seu retorno, em outubro, após oito anos de exílio, ela liderou uma série de manifestações contra o governo. Bhutto tinha o apoio dos Estados Unidos, que esperava que ela compartilhasse o poder com Musharra

 

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