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Assassino de governador paquistanês diz que agiu sozinho
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DA FRANCE PRESSE, EM ISLAMABAD
DE SÃO PAULO
Mumtaz Qadri, assassino confesso do governador da província paquistanesa de Punjab, afirmou ter agido sozinho, sem o apoio de uma organização radical islâmica, indicou nesta segunda-feira a polícia de Islamabad.
Qadri atuava como guarda-costas do governador Salman Taseer, 66, quando o matou a tiros na saída de um restaurante em Islamabad, capital do Paquistão, na última terça-feira (4). Ele alega ter sido um ato contra a oposição de Taseer a leis que determinam a morte a quem insultar o Islã.
Taseer, 66, governava a mais rica província paquistanesa e era figura do alto escalão do governista Partido do Povo. Ele era considerado uma voz moderada e era aliado próximo do presidente Asif Ali Zardari.
Creative Commons-29nov.10 | ||
Salmaan Taseer participa de evento na casa oficial do governador de Punjab; ele foi morto a tiros |
"Mumtaz Qadri fez sua confissão, na qual diz ter matado Salman Taseer sozinho, sem a ajuda de uma organização religiosa ou extremista", declarou Haron Joya, chefe da polícia do bairro de Islamabad onde ocorreu o crime, na última terça-feira.
Qadri voltou a depor perante o juiz nesta segunda-feira, e retornou à prisão em seguida. Segundo Malik Waheed Anjum, um de seus advogados, a próxima audiência está marcada para o dia 24 de janeiro.
Os investigadores afirmam que Mumtaz Qadri, policial de 26 anos, entregou-se à polícia logo após o crime.
Qadri diz ter decidido assassinar Taseer porque este se opunha à lei da blasfêmia, defendida pelos religiosos conservadores, que prevê a pena de morte em punição à blasfêmia contra o Islã.
O governo decretou três dias de luto nacional após o assassinato --o mais significativo deste a morte da ex-premiê Benazir Bhutto, em 2007, vítima de um atentado suicida.
Um oficial de inteligência que interrogou o suspeito disse que Qadri planejou o assassinato por quatro dias, quando soube que seria escalado para a segurança de Taseer. Ele relatou ainda que Qadri disse estar orgulhoso de ter matado um blasfemador.
Aliados do governador questionaram o motivo de Taseer não estar melhor protegido, diante das semanas de protestos enfurecidos do lado de fora da casa do governador, em protesto a sua oposição à lei da blasfêmia.
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