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27/01/2011 - 09h17

Escolas na China oferecerão aulas de etiqueta "para a vida"

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FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

O governo chinês anunciou nesta semana a inclusão no currículo escolar de aulas de etiqueta. O objetivo é ensinar aos alunos "as maneiras básicas para conversar, se vestir e se comportar em casa, nas escolas e em locais públicos".

As diretrizes foram publicadas no site do Ministério da Educação. Ao justificar a medida, o governo afirma que a etiqueta "é básica para disseminar a tradicional virtude chinesa e o requisito necessário para criar cidadãos socialistas qualificados".

As orientações são divididas por faixas etárias. Para os mais novos, haverá lições como respeito aos idosos e regras de trânsito.

Philippe Lopez-11.jan.2011/AFP
Alunos de escola em Xangai; instituições chinesas agora oferecerão aulas de etiqueta para a vida
Alunos de escola em Xangai; instituições chinesas agora oferecerão aulas de etiqueta para a vida

Depois, eles aprenderão a "se comunicar com pessoas do sexo oposto" e a falar ao celular. Antes de entrar na faculdade, terão ainda aulas de oratória e até sobre como fazer fila e utilizar o elevador.

Para o Ministério da Educação, trata-se de requisitos básicos para formar "cidadãos modernos".

As orientações lembram a campanha educativa realizada em Pequim antes das Olimpíadas de 2008, para coibir o disseminado hábito de cuspir em público e para receber melhor os turistas.

A "etiqueta" para situações da vida parece voltada ao fluxo de dezenas de milhões de camponeses que migrarão para as cidades nas próximas décadas.

"A campanha é necessária para a nossa sociedade agora", disse ao jornal pró-governo "Global Times" Xin Tao, professor da Universidade Normal de Pequim. "É verdade que muitos chineses não têm boas maneiras."

No mesmo jornal, um professor do ensino médio criticou a medida: "Os alunos não estão interessados em cursos tão entediantes", afirmou Zhou Jing.

Para ele, essa tarefa cabe aos pais, e não à escola.

 

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