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Após cinco dias, serviço de internet é restabelecido no Egito
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Após cinco dias de serviço bloqueado, a internet voltou a funcionar nesta quarta-feira no Egito. Essencial para articular os protestos contra o regime do ditador Hosni Mubarak, o serviço estava bloqueado desde a última sexta-feira (28), quando os manifestantes opositores ocuparam a praça Tahrir, no centro do Cairo.
Apesar de não terem acesso à internet, os manifestantes continuaram a se reunir na praça, que se tornou o epicentro dos protestos antigoverno. Nesta terça-feira, 200 mil pessoas se reuniram no local, pedindo o fim do regime ditatorial de Mubarak, que já dura 30 anos.
Cerca de 1.500 manifestantes passaram a noite na praça, iniciando na manhã desta quarta-feira o nono dia consecutivo de protestos, que continuam, apesar de o ditador ter feito um discurso à nação na véspera no qual prometeu não concorrer a um sexto mandato nas eleições de setembro.
Muitos dos manifestantes desta quarta-feira estavam acampados em tendas ou abrigados embaixo de cobertores, determinados a só deixarem o local após a queda de Mubarak.
Faixas de cerca de 20 metros de largura afirmam em vários cantos da praça "O povo exige a queda do regime", em inglês, ou "Vá embora", em árabe.
O Movimento 6 de Abril, grupo de jovens ativistas pró-democracia, disse que o discurso de Mubarak não foi suficiente. "Nós continuaremos nossos protestos na praça Tahrir e por todo país até que as demandas do povo sejam atendidas", disse em comunicado.
"As pessoas querem o fim do regime", completou.
Jim Hollander/Efe | ||
Cerca de 1.500 manifestantes passaram a noite na praça Tahrir para manter protesto contra ditador |
O grupo Irmandade Muçulmana, o mais organizado grupo de oposição, também insistiu nesta quarta-feira em pedir a renúncia de Mubarak e avaliou que chega tarde o anúncio de que não buscará sua reeleição no pleito de setembro.
"Está claro que o presidente Mubarak ignora os pedidos do povo e da Irmandade com as outras forças opositoras", assegurou Gamal Nasser, um porta-voz do grupo opositor.
Muitas lojas seguiam fechadas nesta quarta-feira no centro do Cairo, mas alguns clientes afirmaram na terça-feira que vários caixas eletrônicos estavam funcionando normalmente.
Embora o serviço de mensagens por SMS estivesse funcionando de forma irregular, algumas mensagens de grande circulação estavam chegando aos seus destinatários. Uma delas, que chegou nesta quarta-feira, dizia: "As Forças Armadas estão preocupadas com sua segurança e bem-estar, e não recorrerão ao uso da força contra este grande povo".
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