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11/02/2011 - 14h07

Mãe de Julian Assange acusa Austrália de não ajudar seu filho

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A mãe do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, acusou nesta sexta-feira o governo australiano de não cuidar dos "direitos legais e humanos" de seu filho no processo de extradição e perante as ameaças de morte.

Christine Assange entregou uma carta para o titular de Exteriores, Kevin Rudd, no escritório do Ministério em Brisbane, e exigiu ações por parte do Executivo da Austrália, onde o fundador do WikiLeaks nasceu.

A mãe de Julian Assange leu aos jornalistas a carta, na qual pede que Rudd ajude seu filho, que enfrenta em Londres um processo de extradição à Suécia por um suposto crime de abuso sexual, ou deixe o cargo.

"Julian nem sequer recebeu o computador que o senhor prometeu e que ele precisava para preparar seu caso enquanto estava detido na prisão de Wandsworth [Londres]", assinalou.

Também pediu que a Austrália proteste pelo caso de assédio sexual contra seu filho na Suécia, que qualificou de montagem, e contra os Estados Unidos por incitar, em sua opinião, as ameaças de morte contra o fundador do WikiLeaks.

"Até onde sei, ainda não foi feito um protesto diplomático contra a Suécia pela violação dos direitos legais e humanos do meu filho, nem contra os Estados Unidos pelas incitações de sequestro e assassinato", apontou.

EXTRADIÇÃO

Nesta sexta-feira, um juiz britânico disse nesta sexta-feira que precisa de mais tempo para decidir se Assange deve ser extraditado à Suécia para enfrentar acusações de crimes sexuais, e adiou sua audiência de extradição para o dia 24 de fevereiro.

Assange, um especialista em computação de 39 anos, voltou a corte em Londres nesta sexta-feira para ouvir os argumentos finais e a decisão do juiz sobre sua extradição.

O australiano foi acusado de agressão sexual por duas mulheres suecas com as quais manteve relações sexuais durante uma estadia em Estocolmo no mês de agosto do ano passado. As duas mulheres o acusam, entre outras coisas, de havê-las forçado a manter relações sexuais sem preservativo.

Ele afirma que as relações foram consensuais e acusa a Suécia de manter interesses políticos no processo, querendo desmerecer o trabalho do WikiLeaks. Ele está atualmente em liberdade assistida, após pagar fiança. Desde então, vive na mansão de um amigo em Ellingham Hall, 200 km ao leste de Londres.

A defesa de Assange alega que ele não teria um julgamento justo na Suécia, pois casos de estupro geralmente são julgados em sessões fechadas. Eles argumentam ainda que existe um risco de que, se ele for extraditado à Suécia, os Estados Unidos peçam sua extradição e o enviem à Guantánamo, a prisão americana para suspeitos de terrorismo, localizada em Cuba.

A acusação diz que não há provas de que ele corra risco de ser extraditado aos EUA e que ele deve ir à Suécia para não conseguir fugir dos interrogatórios.

Ambos os lados devem recapitular seus argumentos na Corte dos Magistrados de Belmarsh nesta sexta-feira para então o juiz decretar a decisão.

 

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