Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/02/2011 - 16h22

Premiê britânico qualifica dia de "extraordinário" para egípcios

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O premiê do Reino Unido, David Cameron, pediu nesta sexta-feira que o Egito avance em direção a um governo democrático depois de o ditador do país, Hosni Mubarak, ter cedido o poder às Forças Armadas.

Em um breve discurso em frente ao número 10 da Downing Street, em Londres, sua residência e local de governo, Cameron qualificou de "extraordinário" este dia em que o vice-presidente Omar Suleiman anunciou a renúncia de Mubarak.

"Hoje tem sido um dia extraordinário, principalmente para os que se encontram na praça Tahrir [centro do Cairo] e em outros locais, que tem falado de forma tão valente e tão pacifica para lograr uma mudança no país", afirmou.

Tara Todras-Whitehill/AP
Egípcios celebram o anúncio de que o ditador do país, Hosni Mubarak, renunciou ao poder após 30 anos
Egípcios celebram o anúncio de que o ditador do país, Hosni Mubarak, renunciou ao poder após 30 anos

O chefe de governo britânico ressaltou que a saída de Mubarak dá ao Egito "um momento precioso de oportunidade para formar um governo que possa unir aos cidadãos".

"Como amigos do Egito e dos egípcios, nós estamos prontos a ajudar de qualquer maneira em que possamos fazê-lo. Cremos que deve haver um governo que comece a construir as bases para conseguir uma sociedade realmente aberta, livre e democrática."

RENÚNCIA

O anúncio da renúncia de Mubarak foi feito em rede nacional de TV pelo vice-presidente Omar Suleiman no início da noite. Segundo Suleiman, a decisão foi adotada "pelas difíceis circunstâncias que o país atravessa".

"O presidente Hosni Mubarak decidiu renunciar como presidente do Egito", disse Suleiman, em um breve anúncio, acrescentando que o poder foi entregue às Forças Armadas.

O anúncio foi recebido com gritos de comemoração, cantos e bandeiras sendo agitadas na praça Tahrir, centro do Cairo, que foi o epicentro dos protestos públicos contra o regime de Mubarak, que estava no poder desde 1981.

O anúncio foi feito no 18º dia seguido de intensos e violentos protestos que tomaram diversas cidades do Egito.

A renúncia ocorre menos de 24 horas depois de fortes rumores de sua saída imediata do poder. Na noite de quinta-feira, Mubarak discursou à nação e disse que passava parte de seu poder a Suleiman, mas permaneceria até setembro --quando estão previstas eleições presidenciais. O discurso de "fico" causou fúria nos manifestantes que marcharam em direção ao Palácio Presidencial aos gritos para que deixasse o poder.

Mais cedo, o porta-voz do partido de Mubarak havia confirmado que o mandatário e sua família viajaram para o balneário de Sharm el-Sheikh, no mar Vermelho. "Ele está em Sharm el-Sheikh", afirmou Mohammed Abdellah, do Partido Nacional Democrático.

Pouco antes, fontes ligadas ao governo informaram que Mubarak e a família haviam deixado o Cairo nesta sexta-feira, mas sem deixar claro qual era o destino.

Dylan Martinez/Reuters
Manifestantes antigoverno celebram na praça Tahrir, no centro do Cairo, a renúncia de Mubarak
Manifestantes antigoverno celebram na praça Tahrir, no centro do Cairo, a renúncia de Mubarak

Apesar dos rumores, não se sabe ao certo a localização de Mubarak.

A TV estatal egípcia informou também que uma importante declaração de Mubarak será transmitida em breve, mas não deu mais detalhes.

A edição digital do jornal pró-governo "Al Ahram" afirma, citando fontes próximas às Forças Armadas, que Mubarak esteve em uma base militar durante as últimas 48 horas para garantir sua segurança.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página