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Protesto atrai na China mais policiais que manifestantes
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FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
O regime chinês mobilizou dezenas de policiais contra a segunda tentativa de repetir no país os protestos do mundo árabe. Como no domingo passado, o comparecimento de manifestantes foi mínimo.
Convocado anonimamente em sites fora da China, o protesto estava marcado para as 14h em várias cidades do país. Em Pequim, o ponto escolhido foi o calçadão diante de uma loja do McDonald's, na importante região comercial de Wangfujing.
Aparentemente, o governo não lançou mão apenas da força policial. Boa parte do local indicado foi cercado na semana passada por tapumes de construção -na hora do protesto, havia operários trabalhando com britadeiras.
Havia ainda varredores e caminhões com jatos d'água para a limpeza de ruas, o que impedia a permanência de pessoas nos poucos trechos de calçada transitáveis.
Na hora marcada, policiais fecharam a entrada principal do McDonald's, onde havia vários jornalistas estrangeiros. Do lado de fora, a polícia abordava cinegrafistas e fotógrafos. No caso mais grave, um cinegrafista da TV Bloomberg foi jogado no chão e agredido com pontapés, segundo testemunhas.
Em Xangai, também foi montado grande esquema de segurança e havia uma pequena concentração no local indicado, mas sem sinais visíveis de protesto. Bloqueada na internet, a convocação teve pouca divulgação no país.
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