Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/03/2011 - 16h24

Exército de Omã tenta dispersar protestos; um fica ferido

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Soldados de Omã dispararam para o alto nas proximidades de um porto do país nesta terça-feira com o objetivo de dispersar os protestos que exigiam empregos e reformas políticas, ferindo uma pessoa na cidade de Sohar, segundo disseram testemunhas.

"Éramos entre 200 e 300 pessoas na via. O Exército começou a atirar para o alto", disse um manifestante sob condição de anonimato. "Muitas pessoas correram. O homem que foi baleado veio para acalmar o Exército."

Mohammed Mahjoub/AFP
Manifestantes protestam em silêncio em Mascate por empregos, salários melhores e liberdade de imprensa
Manifestantes protestam em silêncio em Mascate por empregos, salários melhores e liberdade de imprensa

A multidão se dispersou, mas se reagrupou perto do porto, no norte de Omã, contaram as testemunhas, e as tropas recuaram.

O levante em Sohar, principal centro industrial de Omã, foi uma manifestação rara de insatisfação no normalmente tranquilo país do golfo Pérsico, governado pelo sultão Qaboos bin Said há quatro décadas. A manifestação ocorre na esteira de uma onda de protestos pró-democracia que varre o mundo árabe.

Na tentativa de reduzir a tensão, o sultão prometeu no domingo (27) a criação de 50 mil empregos, seguro-desemprego de US$ 390 mensais e estudar a ampliação dos poderes de um conselho consultivo quase parlamentar.

Depois do confronto em Sohar, o tráfego fluía livremente na região do porto, que exporta 150 mil barris diários de produtos refinados do petróleo, apesar da presença de cerca de 150 manifestantes.

Na segunda-feira, os manifestantes haviam bloqueado a entrada ao porto.

As tropas omanis foram enviadas para a cidade anteriormente, mas até terça-feira não haviam agido para conter os protestos.

Mais tarde, na capital do país, mascate, cerca de 200 pessoas se reuniram em um protesto silencioso na frente do prédio do Conselho Shura, o conselho consultivo eleito, pedindo por empregos e reformas.

Eles levavam placas onde era possível ler "Queremos empregos", "Queremos maiores salários" e "Queremos liberdade de imprensa", pedindo que o conselho informasse ao sultão sobre suas demandas.

Cerca de 2.000 pessoas também se reuniram na mesquita de Mascate para apoiar o sultão e o governo, jogando a culpa pela violência nas demonstrações desta semana nos manifestantes.

Hamid Al-Qasmi/Efe
Partidários do sultão Qaboos bin Said reúnem-se em Mascate para demonstrar apoio ao governo do país
Partidários do sultão Qaboos bin Said reúnem-se em Mascate para demonstrar apoio ao governo do país

O Departamento de Estado americano disse na segunda-feira, o mesmo dia em que os protestos de Sohar se espalharam para Mascate, que Washington estimulava a moderação e o diálogo em Omã, país de importância estratégica porque está de frente para o Irã.

Omã tem fortes laços militares e políticos com os EUA e é um exportador de petróleo não ligado à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) que extrai cerca de 850 mil barris por dia.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página