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Gaddafi diz que haverá milhares de mortos caso países invadam Líbia
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O ditador líbio, Muammar Gaddafi, discursou nesta quarta-feira por mais de uma hora diante de um grupo de apoiadores e advertiu que haverá milhares de mortos caso os Estados Unidos ou a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) decidam invadir o país. Ele culpou ainda a rede terrorista Al Qaeda pelos protestos e ameaçou enfiar o dedo nos olhos de seus inimigos.
A ideia de uma intervenção militar na Líbia tem ganhado força nos últimos dias, diante da resistência de Gaddafi de deixar o poder e a continuidade dos confrontos entre as tropas leais ao ditador e rebeldes que controlam o leste do país.
AFP/Libyan TV | ||
Imagem retirada da TV estatal líbia mostra ditador Muammmar Gaddafi discursando a apoiadores |
Os EUA já reposicionaram suas tropas para mais perto da Líbia, mas evitam cravar que uma ação militar está sendo planejada. A Otan, por sua vez, afirmou que só agirá na Líbia com a aprovação da ONU (Organização das Nações Unidas).
"Nós enfiaremos os nossos dedos nos olhos daqueles que duvidam que a Líbia é governada por qualquer um que não seu povo", disse Gaddafi, aos gritos de apoio dos presentes.
Ele disse ainda que o sistema de governo líbio é uma "democracia direta" e que ele não pode renunciar, porque não tem cargo. "Muammar não tem poder de verdade para renunciar a ele. Quando os Comitês do Povo determinam algo, se torna lei e é implementada para todos os líbios. Ninguém pode declarar guerra ou paz a menos que os Comitês do Povo assim decidam".
Gaddafi afirmou ainda que não houve manifestações pacíficas na Líbia, apenas gangues de homens e jovens armados influenciados pela Al Qaeda.
"Células adormecidas da Al Qaeda, seus elementos, se infiltraram gradualmente [...] Eles acreditam que o mundo é deles, lutam em qualquer lugar, os serviços de inteligência os conhecem pelo nome", acusou o líder líbio a uma atenta audiência.
"Começou de repente na cidade de Al Baida [...] As células adormecidas receberam ordens de atacar o batalhão [...] e roubaram as armas das delegacias", contou Gaddafi. "As mulheres fugiram [...] havia balas para todo lado. Foi a mesma situação em Benghazi", afirmou, referindo-se ao epicentro das forças rebeldes.
"Não há demonstrações pacíficas na Líbia. Se houvesse, por que os estrangeiros estão fugindo, as embaixadas estão fechando em Trípoli, funcionários de companhias petroleiras estão fugindo do deserto?", questionou.
Ele pediu ainda à comunidade internacional que envie uma missão para verificar a situação na Líbia e desafiou a provar que suas tropas estão reagindo a manifestações pacíficas e que mais de mil morreram nos confrontos.
"No que diz respeito à Líbia [...] nada aconteceu [...] e é estranho que o mundo receba notícias de correspondentes e TVs que não estão presentes na Líbia", questionou Gaddafi. "Eles não querem notícias verdadeiras da Líbia".
A respeito da indústria do petróleo, afirmou que as companhias petroleiras estão amedrontadas e a produção parou. "A produção de petróleo está em seu menor nível", afirmou.
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