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Voto de abstenção do Brasil na ONU foi ambíguo, diz ONG
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ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK
A decisão do governo brasileiro de se abster na votação do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que autorizou intervenções militares na Líbia foi "na melhor das hipóteses ambígua", segundo a ONG internacional Human Rights Watch.
Para o diretor da entidade, o chileno José Miguel Vivanco, o voto não é coerente com as preocupações que o Brasil manifestou em relação à população civil da Líbia e às atrocidades cometidas pelo ditador Muammar Gaddafi.
Além do Brasil, outros cinco países se abstiveram na votação de quinta-feira. O Conselho tem 15 membros.
Vivanco também criticou a posição do chanceler, Antonio Patriota, que, antes da votação, defendeu o diálogo com a Líbia. "Estamos diante de um massacre sistemático de civis por parte de um regime que não escuta a comunidade internacional."
Segundo ele, um país que pretende ser líder global e que quer integrar o Conselho de Segurança "tem de estar em condições de definir posição, por mais difícil e complexo que isso seja".
Nesta sexta-feira, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse que o Brasil não quis "lavar as mãos" e nem foi "maria-vai-com-as-outras" ao se abster na votação.
Segundo ela, o Brasil foi "coerente", porque historicamente defende a não intervenção e não está convencido de que "o uso da força militar prevista na resolução possa dar fim à violência e proteger os civis".
Questionada sobre uma possível falta de firmeza do Brasil com o regime líbio, a ministra afirmou que "o governo não tomou a decisão preocupado com o governo local, nem com Gaddafi".
Com GUSTAVO HENNEMANN, de São Paulo
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