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21/03/2011 - 08h00

Japão ordena suspensão de venda de alimentos em 4 províncias

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo japonês ordenou nesta segunda-feira a suspensão da venda de leite e espinafre em quatro prefeituras próximas à usina nuclear de Fukushima Daiichi, atingida pelo terremoto e tsunami do último dia 11.

Segundo o secretário de Gabinete japonês, Yukio Edano, a medida é válida para as prefeituras de Fukushima, Ibaraki, Tochigi e Gunma.

A notícia é uma escalada da nova fase da crise nuclear japonesa, a contaminação dos alimentos.

O governo japonês já alertara no fim de semana que havia encontrado níveis acima do normal de radiação por iodo em leite e espinafre a até 120 km da usina, mas garantiu que os alimentos não chegaram ao mercado.

O Ministério de Saúde do Japão já havia pedido aos moradores próximos da usina nuclear que não bebessem água de torneira, contaminada com altos níveis de iodo radioativo.

Não há ainda relatos de comida contaminada na capital Tóquio, com cerca de 13 milhões de moradores. Autoridades municipais, contudo, identificaram níveis acima do normal de iodo radioativo em um crisântemo.

Jim Smith, especialista em ciências ambientais e da Terra, disse que os níveis de radiação registrados até o momento não são uma ameaça imediata. "Os limites são estabelecidos para que os alimentos possam ser consumidos por um longo período de tempo de maneira segura", disse.

VAGENS

Japão é um importador de comida e não tem exportações significativas --a maioria frutas, vegetais, laticínios e frutos do mar e peixes. Seus maiores mercados são Hong Kong, China e Estados Unidos.

Neste domingo, contudo, autoridades em Taiwan encontraram radiação em uma carga de vagens importada do sul do Japão. A contaminação foi muito pequena e estava dentro dos limites de segurança alimentar estabelecidos pela lei taiwanesa.

A radiação foi encontrada em 14 kg de vagens trazidas de Kagoshima, disse Tsai Shu-chen, funcionária da Administração de Comida e Drogas do país.

Apesar de não oferecer risco à saúde, esta é a primeira notícia de comida importada do Japão com radiação, desde a crise nuclear na usina de Fukushima Daiichi --danificada por um terremoto e tsunami há nove dias.

Tsai disse que as vagens podem ter sido contaminadas quando foram transportadas, de avião, ao Aeroporto Narita, em Tóquio, para uma escala antes da viagem a Taiwan.

Kagoshima, na ponta sudoeste da ilha de Kyushu, está há mais de 1.100 km do epicentro do tremor, localizado na costa leste da ilha de Honshu.

Tsai disse que não há motivo para pânico, já que os testes mostraram que a vagem contem apenas 11 Becquerels (Bq) de iodo e 1 Bq de césio-137 por quilo --ambos bem abaixo dos níveis máximos permitidos. Ela disse que, por precaução, toda a carga será destruída.

Já a agência estatal chinesa disse que as autoridades de monitoramento ordenaram testes em toda a comida importada do Japão. Segundo a Xinhua, a China importou US$ 593 milhões em produtos alimentícios do Japão em 2010 --menos de 1% das importações do país.

 

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