Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
11/04/2011 - 20h13

Itália critica postura da União Europeia frente à imigração ilegal

Publicidade

DA ANSA, EM LUXEMBURGO

O ministro do Interior da Itália, Roberto Maroni, demonstrou insatisfação com a postura da União Europeia (UE) diante da emergência causada pelo alto número de imigrantes ilegais do norte da África rumo à Itália.

"A Itália foi deixada sozinha", disse Maroni, após participar de uma reunião com ministros dos países-membros do bloco, realizada em Luxemburgo.

O ministro contou que se absteve de votar o documento final do encontro, que, segundo ele, não prevê nenhuma medida concreta contra o problema, e posiciona a Itália como responsável isolada pela solução do problema.

"Nós expressamos nossa solidariedade com a Grécia, Irlanda, e Portugal. Mas, a nós, nesta situação de grave emergência, disseram: 'querida Itália, são questões suas e deve fazer sozinha'", afirmou Maroni.

O ministro chegou a criticar a União Europeia, classificando-a como "uma instituição que se move rápido para salvar os bancos e para declarar guerra, mas quando é para exprimir solidariedade concretamente a um país em dificuldade como hoje é a Itália, se esconde".

PROBLEMA REGIONAL

O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, afirmou, por sua vez, que Roma pretende "colocar à Europa o tema da imigração como um tema global a ser enfrentado em conjunto".

"A Europa continua com seu egoísmo, mas nós procuraremos outra solução", disse o chanceler.

O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, afirmou ter ficado preocupado com os recentes acontecimentos, principalmente com a discordância entre membros do governo e autoridades de países-membros do bloco europeu.

A região costeira da Itália, banhada pelo mar Mediterrâneo, tem recebido milhares de imigrantes ilegais, em uma quantidade muito maior do que a normal, devido aos recentes conflitos no Egito, Tunísia, Líbia, entre outras nações.

O aumento no fluxo de imigrantes, principalmente na ilha de Lampedusa, levou as autoridades italianas a decretarem estado de emergência e a pedir ajuda a países vizinhos, pois Roma acredita que esta é uma questão regional, e não apenas da Itália.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página