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Justiça argentina investiga contas bancárias de Menem na Suíça
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DA EFE
A Justiça argentina voltou a solicitar nesta sexta-feira à Suíça informações sobre duas supostas contas bancárias do ex-presidente Carlos Menem no país, informaram fontes judiciais.
Menem, que é acusado de crimes de corrupção, será julgado em uma data ainda não confirmada, informou a agência estatal Télam.
A pedido do promotor Marcelo Agüero Vera, o tribunal solicitou à Justiça suíça detalhes sobre duas supostas contas que o ex-presidente, de 80 anos, tem em bancos europeus, uma das quais estaria no nome de sua filha Zulema.
Segundo fontes judiciais, nos últimos meses o tribunal já enviou várias cartas às autoridades suíças, que não foram respondidas por supostos problemas formais, como falta de dados.
Em dezembro de 2007, o juiz argentino Norberto Oyarbide levou a julgamento a ação contra o ex-presidente por suposta omissão maliciosa de bens, falsidade ideológica e prevaricação.
Os crimes de omissão maliciosa e prevaricação são punidos com um máximo de dois anos de prisão e proibição para exercer cargos públicos, enquanto o de falsidade ideológica prevê até seis anos de cadeia.
Segundo a resolução do promotor que solicitou a abertura do caso, Menem, além de uma conta na Suíça, deixou de declarar outras duas contas bancárias e dois imóveis em La Rioja, sua província natal (noroeste da Argentina), dois jatinhos, dois automóveis e papéis em duas empresas telefônicas.
Essa conta não declarada na Suíça foi aberta em 1986 na União de Bancos Suíços em Genebra e nela foram depositados cerca de US$ 600 mil que, segundo afirmou o próprio argentino, são produto de uma indenização paga pelo Estado em 1984 por ter sido preso durante cinco anos na época da ditadura militar (1976-1983).
Menem, atualmente senador por La Rioja, conta com imunidade parlamentar e está sendo investigado por outros casos de corrupção.
Em 2001 ficou seis meses em prisão domiciliar, acusado de ser "chefe de uma quadrilha" responsável pelo contrabando de armas argentinas à Croácia e ao Equador, causa pela qual está sendo julgado.
Além disso, o ex-presidente será submetido a outro processo judicial pelo suposto pagamento de salários extras a ministros e secretários de Estado durante seu governo.
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