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16/05/2011 - 20h31

Mulher de ex-ditador do Egito promete entregar fortuna ao Estado

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DA FRANCE PRESSE

Suzanne, esposa do ex-ditador do Egito Hosni Mubarak, prometeu nesta segunda-feira entregar sua fortuna ao Estado, dias depois de iniciada sua prisão preventiva no âmbito de uma investigação por corrupção, noticiou a agência de notícias oficial Mena.

"Suzanne Thabet, esposa do ex-presidente Hosni Mubarak, assinou três procurações para Asem al Gohari, chefe da autoridade anticorrupção (do Ministério da Justiça), autorizando-o a retirar o dinheiro das contas de dois bancos e vender um chalé que possui [no Cairo]", acrescentou a fonte.

Suzanne, de 70 anos, está em observação no hospital de Sharm el Sheikh, às margens do mar Vermelho, onde deu entrada na última sexta-feira, após uma crise cardíaca. As autoridades tinham acabado de colocá-la em prisão preventiva.

France Presse
O ex-ditador egípcio Hosni Mubarak (2º da dir. à esq.) e a mulher, Suzanne (centro), em foto sem data revelada
O ex-ditador egípcio Hosni Mubarak (2º da dir. à esq.) e a mulher, Suzanne (centro), em foto sem data revelada

A esposa de Mubarak está na unidade de terapia intensiva. Seu marido também está em prisão preventiva no mesmo hospital, após sofrer problema cardíaco. O estado de saúde é a condição para que ambos sejam transferidos para a prisão, afirmam as autoridades.

Deposto em 11 de fevereiro por uma revolução popular, Mubarak é investigado por corrupção, bem como pela repressão de manifestantes que pediam sua saída do poder.

Segundo um balanço oficial, 846 civis morreram nas manifestações de janeiro e fevereiro e mais de 6.000 pessoas ficaram feridas.

INTERROGATÓRIOS

Segundo a agência Mena, o casal assinou, durante os interrogatórios, declarações em árabe, inglês e francês, que lançam luz sobre suas contas bancárias no Egito e no exterior. Os dois filhos do casal, Alaa e Gamal, também estão em prisão preventiva, mas na penitenciária de Tora, periferia do Cairo.

O casal Mubarak, seus filhos e suas esposas estão proibidos de deixar o Egito. Os bens da família no país foram congelados. Antes da revolta popular, Gamal era considerado o sucessor de seu pai, enquanto Alaa se concentrava nos negócios.

Muitos ministros de Mubarak, dirigentes do seu partido político e empresários próximos ao antigo regime são alvo de diferentes medidas judiciais. Dois ex-ministros --o do Interior, Habib el Adli, e o do Turismo, Zoheir Garranah-- já foram condenados, respectivamente, a 12 e 5 anos de prisão por malversação.

 

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