Israel nega que homem detido no Egito seja espião

O ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, negou nesta terça-feira que o homem detido no último domingo (12) no Egito seja um espião do serviço secreto de Israel.

"Posso afirmar de maneira categórica que este estudante, que pode ter um comportamento estranho e irresponsável, não tem nenhuma relação com os serviços de inteligência israelenses, americanos ou lunares", disse Lieberman.

O ministro afirmou que se tratou de um erro das autoridades egípcias e que Israel prestou os esclarecimentos.

A polícia egípcia começou a interrogar Ilan Grapel, um israelense-americano de 27 anos detido por supostamente participar em atividades de espionagem, segundo a agência oficial Mena.

Para as autoridades egípcias, Grappel é um agente do Mossad, o serviço secreto de Israel, que estaria tentando estimular a agitação no país.

O jornal semi-oficial "Al-Ahram" identificou o jovem como um oficial do Mossad "que tentou sabotar a revolução egípcia". Jornais egípcios publicaram fotos do acusado vestido com o uniforme militar de Israel.

Um conhecido do acusado, em entrevista a uma rádio, duvidou das alegações do jornal e disse que Grappel é fascinado pelo Oriente Médio, pelo islã, fala árabe, teria se mudado dos EUA para Israel, onde serviu o Exército e foi ferido em um confronto com o Hizbollah em 2006.

As agências afirmam que o fato do acusado estar viajando com seu nome real e a facilidade com que sua conexão com Israel pode ser achada na internet sugerem que seja improvável que ele seja um agente do Mossad.