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23/06/2011 - 08h24

China proíbe Ai Weiwei de deixar Pequim

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo chinês afirmou nesta quinta-feira que o artista e dissidente Ai Weiwei, libertado ontem após três meses de detenção, não pode deixar Pequim sem permissão. A condição pode ser estendida por até 12 meses.

"O caso de Ai Weiwei segue sob investigação, por isso que sem a permissão das instituições de cumprimento da lei ele não está autorizado a sair de sua casa, e deverá responder as citações judiciais", declarou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hong Lei.

Ng Han Guan/Associated Press
Ativista e artista Ai Weiwei (à dir.) cumprimenta jornalistas estrangeiros ao chegar em sua casa, em Pequim
Ativista e artista Ai Weiwei (à dir.) cumprimenta jornalistas estrangeiros ao chegar em sua casa, em Pequim

O artista, que responde por sonegação de impostos e eliminação de provas, deverá ainda se abster de influenciar nas declarações de outras testemunhas ou "destruir evidências".

Contatado pela Agência Efe, o advogado Liu Xiaoyuan, assessor de Ai, indicou que o tipo de detenção do artista, literalmente "obter uma fiança pendente de julgamento", não significa que não pode abandonar seu domicílio ou ter contato com a imprensa.

"Pela lei, pode sair de casa, mas não da cidade na qual está registrado [Pequim] nem do país sem autorização do governo. A situação pode se prolongar por um ano", concluiu o advogado.

Nesta quarta-feira, contudo, o próprio Weiwei disse ao jornal britânico "Guardian" que não poderia fazer mais comentários sobre sua prisão.

"Estou de volta à minha família. Estou muito feliz e bem", disse apenas.

Liu acrescentou que a polícia não mencionou nada sobre a suposta confissão de Ai por crimes financeiros ou evasão de impostos, o que só foi publicado pela agência oficial Xinhua.

DIPLOMACIA

A detenção de Ai Weiwei despertou o interesse de boa parte da comunidade internacional, com condenações de ONG pró-direitos humanos e de governos da União Europeia e dos Estados Unidos, que consideram que Pequim usou da suposta evasão de impostos como pretexto para punir o artista pelo seu ativismo político e suas críticas ao regime.

O porta-voz chinês ressaltou, apesar disso, que o caso é "um delito econômico muito comum", por isso espera que o desenvolvimento do processo não afete à iminente viagem à Europa do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao. Nesta sexta-feira, ele inicia uma viagem à Hungria (presidente de turno da UE), Reino Unido e Alemanha.

Hong expressou o desejo que "determinados países respeitem a soberania judicial da China, que não permite violações e nem ingerências".

ENTENDA O DESAPARECIMENTO DE WEIWEI

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