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EUA e França acusam Síria de incentivar protestos em embaixadas
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Os EUA e a França acusaram a Síria de incentivar e deixar de reprimir manifestações e degradações às suas embaixadas no país neste fim de semana.
O governo americano reclama das manifestações de 31 horas de duração, entre sexta-feira e sábado, com participantes lançando tomates, ovos e pedras. Dois funcionários foram atingidos.
O Departamento de Estado dos EUA afirma que o governo sírio articulou as mobilizações em resposta à visita do embaixador Robert Ford à cidade de Hama --ato visto como fortalecimento simbólico do apoio norte-americano aos protestos na Síria.
A acusação dos EUA coincide com o anúncio de Damasco de que convocou Ford e Eric Chevallier, embaixador francês, para prestar esclarecimentos sobre visitas à cidade sitiada, palco de conflitos recentes.
A Síria diz que os deslocamentos dos diplomatas são "clara ingerência nos assuntos internos sírios e uma confirmação da existência de um apoio estrangeiro que quer desestabilizar a segurança".
Segundo o governo americano, Ford teria dito ao ministro das Relações Exteriores da Síria, durante o encontro, que "o incitamento de sírios contra os EUA, com protestos agressivos diante da Embaixada, deve parar".
"O governo sírio não deve usar a visita a Hama --com intuito apenas de reunir informações e dar apoio à liberdade de expressão-- como propaganda", afirmou o órgão.
A França, por sua vez, reclamou à embaixadora da Síria na França da convocação feita a Chevallier devido ao deslocamento dele a Hama.
O ministério das Relações Exteriores francês expressou "estupefação" e, em comunicado, protestou "energicamente" pelo que chamou de "degradações" sofridas por suas representações na Síria.
A França se incomoda especificamente com os ataques à sua embaixada em Damasco e ao consulado em Alepo, "sem que as forças de segurança sírias se mobilizassem para impedir os atos".
A Chancelaria francesa alegou, ainda, que acordos internacionais sobre relações diplomáticas estipulam a total liberdade de deslocamento de chefes de missões diplomáticas.
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