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Alemanha apoia veto à especulação em baixa na UE
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DA FRANCE PRESSE, EM BERLIM (ALEMANHA)
O governo alemão defendeu nesta sexta-feira proibir as operações de especulação em baixa (venda de ações a descoberto) em toda a União Europeia. A medida foi adotada na véspera por França, Itália, Espanha e Bélgica --mas ainda é rejeitada pelo Reino Unido.
A venda a descoberto é usada por quem quer apostar na queda de uma ação. Se, por exemplo, um investidor acredita que as ações do banco francês Société Generale vão cair, ele vende esses papéis no início do dia com a obrigatoriedade de compra novamente, mais tarde, quando eles estiverem mais baratos. Assim, ele ganha com a diferença entre o que recebeu na venda e o que gastou na compra.
Anteontem, por exemplo, os papéis do setor foram derrubados pelos rumores de que o Société Générale, segundo maior banco francês, enfrentava problemas.
Essa prática, muito criticada desde 2008, acentuou o pânico nos mercados nos últimos dias, segundo vários especialistas, o que provocou grandes perdas na maioria das bolsas mundiais.
Naquele ano, EUA, Reino Unido, Alemanha e França adotaram a suspensão das vendas a descoberto de papéis de bancos.
"O governo alemão esteve monitorando durante algum tempo o problema das vendas a curto prazo [short-selling] e já havia proibido as vendas em curto prazo a descoberto [naked short-selling, quando o comprador não tem título na mão] na Alemanha no ano passado", afirmou o porta-voz do Ministério das Finanças.
"Além disso, pedimos que se proíbam as vendas a curto prazo em toda a Europa", acrescentou.
Desta vez, porém, Reino Unido descartou de imediato esta ideia. "Não temos nenhum plano de introduzir uma proibição às vendas a curto prazo no Reino Unido", disse um porta-voz da autoridade do mercado financeiro britânico.
"Não temos um regime de declaração para as vendas a curto prazo nos mercados financeiros e continuamos vigiando a atividade em nossos mercados em função dessas regras", acrescentou.
Na véspera, França, Itália, Espanha e Bélgica decidiram limitar ou proibir as operações de venda de ações a descoberto para lutar contra os "falsos rumores" que desestabilizam os mercados, segundo anunciou a autoridade de regulação financeira europeia, Esma.
Pouco antes, Jean-Pierre Joynet, presidente da Autoridade Francesa de Mercados (AMF), órgão que controla na França as atividades dos mercados de ações, tinha anunciado à AFP a proibição das vendas a descoberto de ações do setor financeiro cotadas na França por um período de 15 dias.
"Decidimos proibir (...) a venda a descoberto sobre as ações de 11 bancos e seguradoras cotadas nos mercados franceses por um período de 15 dias", declarou Joynet.
"Quiseram colocar à prova a resistência francesa. Aqui está nossa resposta e, como sempre, é muito decidida e continuará sendo contra todos aqueles que quiserem nos colocar à prova", completou.
"Diferentes países europeus enfrentaram rumores infundados que perturbam o bom funcionamento dos mercados", destacou o presidente da AMF.
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