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Após bombardeios, milícia de Gaza lança dez bombas contra Israel
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Terroristas palestinos da faixa de Gaza lançaram ao menos dez foguetes Grad e Qassam contra o território de Israel, em mais um episódio da batalha entre os dois territórios.
Veja galeria de fotos dos ataques
Os foguetes foram uma retaliação aos diversos bombardeios das Forças Armadas israelenses contra Gaza, na madrugada desta sexta-feira (noite no horário de Brasília), que, por sua vez, retribuíam os ataques da tarde de quinta-feira que mataram ao menos oito israelenses.
Apesar de nenhum grupo ter assumido o triplo ataque, Israel acusou milícias de Gaza e prometeu reação.
Amir Cohen/Reuters | ||
Judeus podem ser vistos por janela de carro quebrada por foguete lançado de Gaza em Ashdod |
A maioria dos foguetes atingiu áreas desertas de Ashkelon, Be'er Sheva e Kiryat Gat, segundo o jornal israelense "Haaretz", sem deixar vítimas ou danos.
Um dos mísseis, contudo, atingiu um prédio em um parque industrial de Ashdod, ferindo ao menos seis pessoas, uma delas gravemente.
Dois dos foguetes lançados contra a cidade de Ashdod deixaram danos e dois feridos em uma sinagoga e na escola.
Outros três foguetes Qassam foram disparados contra comunidades em Negev, sem deixar vítimas ou danos.
Policiais foram enviados ao local dos ataques e estão em alerta para novos ataques, disse o jornal. As autoridades pediram aos moradores que permaneçam perto de abrigos antibombas.
BOMBARDEIOS
Horas antes, Israel bombardeou sete alvos do território palestino, deixando um adolescente morto e 17 feridos, segundo fontes médicas.
Um porta-voz militar disse sob condição de anonimato que os alvos incluem dois locais usados por terroristas e um depósito de armas no norte de Gaza, além de dois túneis de contrabando e um local usado por terroristas no sul de Gaza.
Mohammed Abed/France Presse | ||
Palestinas lamentam morte de jovem que teria sido morto em bombardeio israelense em Gaza |
Oficialmente, o Exército de Israel não confirmou os bombardeios da madrugada.
Fotos divulgadas na televisão nesta sexta-feira mostravam oito corpos em um necrotério de Gaza. Autoridades médicas disseram que um menino de 13 anos estava entre os mortos e ao menos 17 pessoas ficaram feridas em diversos ataques.
Na tarde de quinta-feira, um bombardeio aéreo israelense matou o chefe e ao menos outros quatro membros dos Comitês de Resistência Popular, facção palestina, na faixa de Gaza, de acordo com o grupo e fontes médicas palestinas.
A ação ocorreu horas depois de Israel ter acusado militantes do território pela série de ataques.
ATAQUES
Oito israelenses morreram e 25 ficaram feridos em três ataques realizados em uma estrada normalmente tranquila no deserto.
Ao menos sete dos agressores foram mortos pelas forças israelenses, que lançaram uma massiva operação de busca ao longo da fronteira, ao norte de Eilat, cidade turística na costa do mar Vermelho. Segundo uma autoridade egípcia, três guardas de segurança egípcios morreram na troca de tiros.
Israel acusou os militantes de Gaza de orquestrar o ataque e a força aérea israelense atingiu diversos alvos na enclave palestina nas horas seguintes, matando o comandante do grupo acusado da agressão.
SINAI
Israel disse que agressores se infiltraram na faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, através do deserto do Sinai no Egito, apesar do aumento nos esforços das forças de segurança nos últimos dias para conter os radicais palestinos e islâmicos.
"Esperaríamos que o ataque terrorista de ontem na fronteira serviria como um impulso para que o Egito exerça mais efetivamente sua soberania no Sinai", disse uma autoridade israelense que não quis ser identificado.
"A avaliação israelense é de que o Egito não está nem um pouco interessado em ver os elementos extremistas estabelecerem uma plataforma no Sinai. Em nossa avaliação, isso prejudicaria o interesse deles tanto quanto o nosso", acrescentou.
Na noite de quinta-feira, um avião israelense que perseguia dois supostos terroristas no Sinai, na fronteira com o Egito, matou três militares egípcios. Israel assumiu que as mortes dos militares egípcios foram um erro.
O Conselho Superior das Forças Armadas do Egito, que dirige o país desde a renúncia do ex-presidente Hosni Mubarak em 11 de fevereiro, decidiu reforçar a segurança nas fronteiras.
Além disso, a junta militar deve se reunir no sábado com os chefes tribais do Sinai para explicar-lhes o perigo da situação e pedir-lhes que cooperem com eles.
Por sua vez, o governador do sul do Sinai afirmou nesta sexta-feira que a situação nesta província é "estável" e que as medidas necessárias para garantir a segurança das cidades litorâneas no sul já foram tomadas.
"Estamos vigiando o que está ocorrendo nas fronteiras e tomamos todas as medidas necessárias para garantir a segurança das cidades litorâneas", declarou à televisão egípcia.
A decisão de reforçar a segurança no Sinai é coordenada com Israel, que precisa aprovar determinadas mobilizações de agentes egípcios na região, conforme estabelece o acordo de paz assinado entre os dois países em 1979.
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