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Kim Jong-il chega à Sibéria para se reunir com Medvedev
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DA EFE
O líder norte-coreano, Kim Jong-il, chegou nesta terça-feira à cidade siberiana de Ulan-Ude, onde pretende se reunir com o presidente russo, Dmitri Medvedev, em um encontro rodeado de mistérios, informou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
Depois de viajar em seu trem blindado, Kim deixou a estação de Ulan-Ude, saudado por autoridades locais, e seguiu de carro a um local não revelado no centro da cidade, em seu quarto dia de viagem pela Rússia.
Uma forte presença policial acompanhou o governante norte-coreano, que, segundo a imprensa sul-coreana, poderia se reunir na quarta-feira com Medvedev, para falar, entre outros assuntos, sobre o programa nuclear norte-coreano e a cooperação energética bilateral.
A Rússia é um dos participantes das negociações de seis lados para o desarmamento nuclear norte-coreano, assim como as duas Coreias, Estados Unidos, China e Japão.
Este fórum de diálogo está suspenso desde o fim de 2008, mas Pyongyang quer retomá-lo, enquanto Seul e Washington pedem garantias para que sejam adotados compromissos firmes.
Nesta primeira viagem de Kim à Rússia desde 2002, o líder norte-coreano espera falar também sobre cooperação energética e transporte, com a intenção de garantir investimentos que atraiam dinheiro à debilitada economia comunista.
Durante anos, a Rússia propôs enviar seu excedente de energia elétrica produzido por suas usinas à península coreana e oferece construir um gasoduto que atravesse a Coreia do Norte para fornecer combustível à Coreia do Sul.
Pyongyang poderia obter cerca de US$ 500 milhões anuais por tramitar e deixar passar o gasoduto por seu território, segundo analistas sul-coreanos, mas há receios pelo fato de que o fornecimento de gás à Coreia do Sul depende de seu vizinho comunista.
As duas Coreias estão tecnicamente em guerra, já que o conflito de 1950-1953 terminou apenas com um armistício, e não um tratado de paz. Hoje, China e Rússia são os principais aliados internacionais da Coreia do Norte, isolada há décadas da comunidade internacional.
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