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02/09/2011 - 14h51

Presidente Bush lançou "guerra ao terror" após ataques de 11/09

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DE SÃO PAULO

Os ataques de 11 de setembro de 2001 deram a George W. Bush (2001-2009) um dos mais altos índices de aprovação a um presidente nos Estados Unidos, beirando 90%. Mas duas guerras impopulares e o estouro da mais grave crise econômica em sete décadas fizeram com que deixasse a Casa Branca com um dos piores índices da história, perto de 30%.

Logo depois dos atentados, o presidente prometeu que o país iria "caçar e punir os responsáveis por esses atos covardes". Era o começo da chamada "guerra ao terror". O mundo foi dividido, na visão de Bush, entre quem estava com os EUA e quem estava contra o país.

Em seu discurso anual sobre o Estado da União de 2002, cunhou a expressão "eixo do mal" para referir-se a Irã, Iraque e Coreia do Norte como um grupo de países empenhado em desenvolver armas de destruição em massa que poderiam ser usadas por terroristas.

Win McNamee-11.set.11/Reuters
George W. Bush faz uma pausa durante o discurso no qual falava sobre os ataques terroristas em Nova York
George W. Bush faz uma pausa durante o discurso no qual falava sobre os ataques terroristas em Nova York

A primeira resposta ao 11 de Setembro veio menos de um mês após os ataques, com uma ofensiva contra o Afeganistão. O país, comandado pelo Talibã, servia de porto seguro para a Al Qaeda de Osama bin Laden. O Talibã foi rapidamente derrubado, mas a caçada a Bin Laden foi infrutífera --o terrorista foi morto apenas em 2011, no governo de Barack Obama.

Em 2003, mesmo sem o aval das Nações Unidas, o presidente americano lançou uma guerra contra o Iraque para derrubar o ditador Saddam Hussein. As armas de destruição em massa, pretexto usado por Bush para a invasão, nunca foram encontradas.

O temor de ameaças terroristas selou a reeleição de Bush, em 2004. Mas, à medida que o tempo passava e as mortes de soldados americanos se acumulava, o apoio ao presidente se esfacelava. O Iraque entrou em uma guerra civil que evidenciou a falta de planos do governo americano para o pós-Saddam.

No front interno, um dos piores momentos de Bush foi a resposta ao furacão Katrina, que devastou Nova Orleans e deixou mais de mil mortos. O presidente só visitou as regiões atingidas dias depois, quando o estrago --na região e em sua popularidade-- já estava feito.

A crise econômica de 2008 consolidou a alta desaprovação. A quebra do banco Lehman Brothers jogou a economia americana no que ficou conhecida como a Grande Recessão.

Bush já assumiu a Presidência em meio a controvérsia. O republicano foi eleito em um pleito polêmico, em que recebeu a maioria dos votos no colégio eleitoral, mas perdeu na votação popular para o democrata Al Gore.

Filho do ex-presidente americano George H. W. Bush (1989-1993), começou sua carreira política no do Texas, Estado do qual foi governador. Na juventude, teve problemas com álcool e drogas. A formação na Universidade Harvard não o livrou da mira da imprensa e dos comediantes americanos, que cunharam a expressão "bushismo" para definir seus lapsos e erros gramaticais.

 

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