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Livro infantil sobre ataques de 11/09 irrita muçulmanos nos EUA
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DA FRANCE PRESSE, EM CHICAGO (EUA)
Um livro de colorir é o mais novo centro de polêmica nos Estados Unidos. O livro, que visa a ensinar as crianças sobre os ataques de 11 de setembro de 2001, gerou controvérsia por seu retrato dos muçulmanos e a interpretação dos eventos.
"É nojento", resume Dawud Walid, diretor do Conselho de Relações Americanas-Islâmicas, que lidera a campanha contra o que considera um livro perigoso e irresponsável.
Walid viu o livro e disse que cada menção ou representação dos muçulmanos ou do Islã é acompanhada das palavras terrorista ou extremista. Segundo ele, não há imagens ou referências aos muçulmanos que morreram nos ataques ou que ajudaram no resgate das vítimas.
Really Big Coloring Books/France Presse | ||
Livro "Nós nunca esqueceremos o 11/09 - O livro infantil da liberdade", que teve vendas altas após debate |
Ele afirma ainda que o livro não menciona que a vasta maioria dos muçulmanos nos EUA e ao redor do mundo condena o terrorismo.
"É bobo pensar que uma criança que pinta o livro, que nunca teve contato com muçulmanos, sairá desta experiência com qualquer outra coisa que não medo dos muçulmanos ou pensamento de que os muçulmanos são más pessoas", disse Walid à agência de notícias France Presse.
O editor da Really Big Coloring Books, Wayne Bell, insistiu que o livro é um retrato honesto dos atentados.
"Nós dissemos esta verdade e nós a dizemos preto no branco", disse Bell. "Este livro é sobre 19 terroristas diabólicos que assassinaram 3.000 pessoas. Acontece que as pessoas que pilotaram os aviões contra os prédios eram jihadistas muçulmanos radicais."
Bell disse ainda que a equipe realizou extensa pesquisa e entrevistas com parentes de vítimas para escrever o livro. "O tema recorrente que ouvimos é para não fazer um livro que é politicamente correto", disse.
Segundo Bell, as pessoas pediram ainda um livro que fosse patriótico.
Com o título "Nós nunca esqueceremos o 11/09 - O livro infantil da Liberdade", a obra ensina às crianças que "extremistas islâmicos radicais que odeiam a liberdade" atacaram os EUA porque eles "odeiam o modelo americano de vida, porque somos livres".
Walid disse que esta interpretação simplista e populista dos ataques não é verdadeira e cita depoimentos do líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, e da comissão do Congresso que investigou os ataques e que concluiu que eles foram motivados pela crença de que a política internacional e a cultura "imoral" dos EUA estavam em guerra com o islã e os países muçulmanos.
Walid criticou ainda o desenho de Bin Laden escondido atrás de sua mulher quando foi morto a tiros por um agente especial dos EUA.
Bell rejeitou as críticas como a tentativa de explorar um "livro inocente" para promover agenda política. Para o editor, contudo, o debate foi muito positivo, elevando as vendas do livro.
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